O texto é vasto, mas é o que de melhor tenho entendido sobre o renascimento do misticismo e paganismo no Ocidente. A ideia de escrever esse grande trabalho se deu com uma breve leitura do livro Magia Branca, Prátias Para Atrair a Luz em Sua Vida, Beatriz Pardini, Madras, 1999, que recebi emprestado de um dito parapsicólogo e, com base nele, formulei uma resposta desafiante. Como eu normalmente não compraria um livro assim, aproveitei a oportunidade de tomá-lo empresto de um parapsicólogo e, com base em sua análise, levantar um questionamento. Espero que a leitura seja agradável e instrutiva. Texto publicado no dia 2 de setembro de 2013 n'O Mirante.
O Século da Caverna - Regresso aos Primórdios
Natanael Pedro Castoldi, 2013
Algo estranho está acontecendo. O homem do Século XXI está adentrando em uma nova fase de sua história, está construindo uma nova civilização e, assim, destruindo grande parte daquilo que conquistou nos últimos séculos, andando na contramão de seus avanços intelectuais, regressando por um caminho já trilhado para uma realidade outrora reinante, mas enterrada pelos milênios de argamassa cristã. Tal é uma sociedade em parte já vista, porém em muitos aspectos nova: é um novo ser humano, místico aos moldes primevos, mas que caminha pelas selvas de concreto enquanto é transpassado por incontáveis sinais de ondas de celular, televisão e internet, o intelectualmente rude que habita nos domínios herdados da fria e racional humanidade que o sucedeu e que estabeleceu a civilização que o rodeia. É um homem com a mentalidade de nossos mais remotos e selváticos ancestrais, mas que, assim como os antepassados tinham o privilégio de nascer num ambiente natural e propício para sua existência, nasce presenteado por uma ordem tal de sociedade que, com base em sua visão de mundo, jamais poderia ter sido construída. É o retorno à “caverna”, o nascimento de verdadeiros trogloditas intelectuais, porém estes em berços de aço, não de palha ou relva – como se esperaria.
A verdade é que o homem do Século XXI, principalmente no Ocidente, é um homem traumatizado e decepcionado. Ao longo de séculos a humanidade esforçou-se em dominar o mundo natural, dos fundamentos da matéria aos elementos cósmicos, com o interesse de, pela tecnologia, encontrar soluções materiais para grandes problemas humanos, como doenças, fome, deficiências físicas e mentais... Sólidas e tradicionais instituições de ensino e pesquisa andaram a frente desse sonho coletivo: um mundo mais tecnológico haveria de estabelecer a paz e prolongar a vida! Grande parte dessas instituições, assim como a própria ciência, vieram da instituição ocidental mais tradicional de todas: a Igreja. Foram monges cristãos que resgataram os manuscritos clássicos da longínqua antiguidade grega e propiciaram o Renascimento, foram preceitos bíblicos que semearam as filosofias fundamentais do pensamento científico, foram cristãos alguns dos maiores cientistas da história humana. Havia uma ligação razoavelmente intrincada entre Ciência, Cristianismo e Estado, de modo que essas três esferas pudessem ser tidas como pilares fundamentais do que veio a ser chamado de Modernismo, ou Era Industrial – o fervilhante e empolgante período que antecederia a plenitude da humanidade. A verdade é que, no limiar da Primeira Guerra Mundial, a Europa via uma prosperidade inigualável, enquanto dominada pela paz e liberdade... mas a máquina capaz de construir um mundo melhor, pôde também produzir das armas mais mortíferas.
O otimismo sucumbiu de súbito. Nos últimos degraus do ápice da História Humana duas das mais terríveis guerras da história explodiram, as duas Grandes Guerras, onde o ser humano pôs pra fora tudo aquilo que de pior armazenou nos anos de paz, cometendo atrocidades inimagináveis, como o Holocausto e Hiroshima. O baque foi aterrador, mas o que não poderia ser pior, ficou: a sombra do nazismo se estendeu pelas décadas e a mancha vermelha do comunismo e seus ditadores genocidas, que mataram mais do que as Grandes Guerras somadas, acompanhou o século mais sangrento de todos os tempos até quase o seu término. O homem ocidental estava cansado de guerras e, quando iniciada da Guerra do Vietnã, movimentos antes impensáveis se levantaram, numa rebelião contra a violência – mas não comente contra o fogo da batalha, também contra todas as instituições tradicionais que construíram o mundo aterrorizante que se automutilava.
O Mundo Moderno morreu com sua moral e seus sonhos. As pessoas cansaram de apostas nas tradições, no frio, sóbrio e calculista mundo de seus pais – parecia suicídio prosseguir naquela jornada rumo ao caos. Desse anseio geral, numa nova tentativa de construir um mundo melhor, os hippies surgiram, pregando “paz e amor”, em moldes mais existencialistas e místicos – os homens deviam se amar e respeitar, enquanto aproveitavam ao máximo as suas vidas, sem viver para construir o futuro, como fracassaram as gerações anteriores na tentativa de fazê-lo. O desprezo pelas instituições tradicionais, que haviam erigido os arranha-céus e as “feridas” urbanas, levou muitos aos bosques, em estilos de vida eremíticos, primitivos, onde poderiam tocar a relva com os pés, respirar o ar fresco do mundo natural e gozar de uma vida de desinfecção da civilização – o amor pela “Mãe Terra” se deu não somente pela frequente inalação de ervas em brasas, mas em basicamente todas as esferas da vida desses grupos. Virou tendência procurar por modos alternativos de vida, fugindo das estruturas financeiras, culturais e religiosas que haviam recebido de berço. Alguns foram mais radicais, outros menos, mas as filosofias que se opunham às tradições se alastraram como palha ao vento.
O desprezo pela civilização ocidental, uma vez levando o homem a apreciar a natureza virgem, deu fôlego para os primeiros grupos de defesa da natureza, que padecia de uma “doença chamada homem”. O crescimento desenfreado da indústria e a crescente ocupação de áreas verdes apenas alimentou aquilo que os novos ameríndios já haviam começado a cogitar: “o mundo natural é maior e melhor do que nós e o homem é um mal a ser combatido e repelido”. Uma vez desprendendo-se dos apelos religiosos e científicos tradicionais, com base no crescente apreço pela “Mãe Terra”, filosofias místicas retiradas do mais profundo do ser humano, de seus domínios irracionais, pré-científicos e pré-cristãos, começaram a inflamar-se – os elementos naturais novamente recebiam nome de entidade, personalidade, poder e função sobrenatural. Esse posicionamento espiritualista ganhou força com a filosofia relativista: como o Mundo Moderno, cheio de certezas e razão, fracassou em seu método, talvez não houvesse verdade a ser encontrada e, sendo assim, todos deveriam passar a viver as verdades que entendiam como importantes, isso sem depender de evidências científicas e razoabilidade filosófica.
Enquanto, no Mundo Moderno, o Ocidente solidificava-se na razão, havia partes do mundo, especialmente as não-cristãs, em que pensamentos da mais remota antiguidade ainda eram preservados e postos em prática – o mundo pouco industrializado havia guardado as tradições de seus brâmanes e xamãs. Como nessas vastas terras, rodeadas de montanhas e isoladas por florestas densas, as raízes da mais longínqua humanidade prevaleciam -raízes essas que, pelo medo de um mundo indomável e pela ignorância diante do que se via, resumiam-se no culto animista, onde os elementos e fenômenos naturais eram tratados como divindades-, os ocidentais revolucionários tiveram uma fonte quase interminável de religiões e filosofias para fazer uso e adaptar. O Oriente, em grande parte, havia escapado das vis garras do pensamento Moderno, e era, portanto, quase que um túnel direto para o passado místico do ser humano, de modo que fazer uso das tradições asiáticas ou ameríndias seria como recomeçar do ponto onde as coisas ainda não haviam dado errado e tentar, mais uma vez, mas de modo diferente, acertar. Muitos adeptos do “estilo de vida alternativo” logo aderiram ao hinduísmo em suas vertentes, budismo e religiões xamânicas.
O homem ocidental, em seu relativismo e regresso aos primórdios, já que no futuro só via morte, também fez questão de reavivar aquilo que era propriamente seu: o druidismo celta, o paganismo nórdico e outras religiões tribais que haviam perdurado durante os tempos do Império Romano cristianizado e da Idade Média, tendo milênios a mais do que outras religiões primitivas da Europa para se encorpar e enraizar na mente ocidental. Tais religiões, essencialmente pagãs, politeístas, embasadas no animismo, tiveram paralelos nas mais longínquas civilizações humanas, como o animismo mesopotâmico e egípcio – os elementos fundamentais se mantinham. O paganismo europeu, vale lembrar, esteve longe de toda a caminhada filosófica dos gregos e clérigos e árabes medievais – que aniquilaram os paganismos milenares que os antecederam -, também longe de qualquer percepção racional e científica de mundo, estendendo-se pela história através de bruxas e druidas isolados nas entranhas das florestas, cercados apenas do mundo bestial, irracional, instintivo – e, assim, igualmente bestializados. Unindo-se tal realidade e modo de ver o mundo natural às filosofias mais introspectivas do Oriente, o ocidental tinha a sua adaptação tão desejada.
Diante do pavor do mundo cataclísmico que se erguia das mãos conservadoras, o homem ocidental, assim como o animal assustado, fugiu para a caverna, procurou se esconder, se salvar – e correu para a caverna de seus antepassados, correu para o xamanismo em relação ao mundo externo, correu para as meditações asiáticas em relação ao mundo interno. O homem procurou a caverna dos bosques e a caverna de si mesmo, enclausurando-se no animismo e na introspecção. Como o pensamento coletivo do Mundo Moderno fracassara, a percepção oriental de sondagem interior, de encontrar o seu “eu”, tornou-se atraente – e aliou-se demasiado bem, ironicamente, à mentalidade crescente no Ocidente capitalista: a busca pelo meu prazer, pelo meu melhor, pelo meu conforto. É claro que, numa humanidade à beira do colapso, parecia desnecessário pensar no bem geral, sendo mais viável tentar “encontrar-se” e aproveitar ao máximo os prazeres da vida antes que tudo tivesse fim – a histeria instalou-se no universo da indústria e comércio e no universo das religiões, que brotaram de modo tão repentino e variado quanto se via nas marcas e modelos de tênis, carro, televisores... Como a verdade se via relativa, qualquer um poderia inventar sua própria religião e como o que vale é o “eu”, tornou-se natural migrar freneticamente de crença, procurando sempre aquela que melhor satisfazer as filosofias do indivíduo e mais lucros lhe trouxer. O mundo virou consumo: consumo de bens materiais e “espirituais”. Nesse sentido, a própria filosofia relativista, que fundamentou os ares revolucionários dos primeiros “alternativos”, possibilitou a mescla mais recente dos ideais capitalistas “retrógrados” às religiões tribais renascidas.
Analisando o cenário atual com um pouco mais de cuidado, o misticismo que cresce velozmente em nossa sociedade é muito mais humanista e materialista do que alguns aspectos da sociedade Moderna: o centro da história é o homem, o indivíduo, e os objetos materiais, sejam quais forem, podem ser dotados de tal valor e importância, a ponto de preservarem forças espirituais vindas diretamente do cosmos ou dos fundamentos do mundo, forças essas que devemos respeitar com todo o zelo e adoração. Aí o espelho é mais importante do que um livro, pois seu eu quebrar o espelho terei sete anos de azar... O “mundo natural” ganhou força com o desprezo do homem, porém agora ambos são supervalorizados. Aparentemente, a visão de mundo adotada por muitos ocidentais também parece mais mecanicista do que a do jazido Mundo Moderno: se eu dou o primeiro passo com o pé esquerdo, libero uma energia estranha no mundo espiritual que, como um código, chega instantaneamente às estrelas, que, por sua vez, respondem automaticamente com uma rajada de “má sorte”. Nesse sentido, o Universo se divide em duas forças espirituais opostas, impessoais, irracionais e mecânicas, que sabe-se lá como e de onde surgiram: o Bem e o Mal – isso também é zoroastrismo. Podemos, ainda, reforçar o quanto a solução de filosofias e religiões que hoje podemos conceber como Nova Era, promovem um existencialismo talvez mais agressivo do que o naturalismo, um dos pontos fortes do Mundo Moderno: o foco do indivíduo está na sua marcha pela “existência”, no fazer valer a sua “existência”, no aproveitar sua estadia aqui, antes que vire alguma pessoa, animal ou capim na próxima encarnação, que não terá noção dalguma da “vida passada”, é assim que termina o livro Magia Branca, de Beatriz Pardini, Edit. Madras, 3ª Edição, pg 101: “Faça da Magia Branca a sua aliada em todos os dias da sua bela existência”.
É claro que o Mundo Moderno, embasado na razão, exagerou em suas ações, porém isso não significa que a razão é algo a ser descartado. O cérebro é, talvez, a máquina mais complexa e incrível existente em todo o Universo e ele é o que mais nos diferencia do mundo natural: o ato de pensar, refletir, raciocinar e memorizar nos dá vantagens incomparáveis por sobre todos os outros seres. Para a formiga, o mundo é o caminho traçado do formigueiro até a fonte de comida – e o que ela fez um mês atrás, já não mais existe em sua mente. Para o peixe, o mundo é a água que o cerca no espaço de algumas horas, pois logo ele já se esqueceu de tudo o que lhe ocorreu duas voltas no relógio atrás. Os animais, os seres irracionais, não podem fazer uma real construção de mundo, não podem ligar os pontos: eles não podem relacionar o que viram meio ano atrás com o que vêem no momento, nem o que estão vendo diante deles com aquilo que viram de quilômetros antes. Eles não reparam o céu, também não analisam, por curiosidade, plantas, pedras ou sua própria face na água, tampouco fazem uso de instrumentos que facilitem estudos sobre o mundo derredor – eles querem sobreviver: instinto é o seu mundo e tal se constrói com a imagem de sua toca, de seu predador, de seu bando e do seu alimento predileto. O ser humano, racional, é diferente: ele lembra do pinheiro em flor que viu no ano anterior e relaciona aquele que no momento vê, farto de pinhas, tirando conclusões disso por comparação e dedução; o homem também lembra da árvore viva que viu sessenta quilômetros caminho adentro e é capaz de entender sobre a morte ao analisar uma outra, jazida no chão. O ser humano toma o graveto para estudar os cupins, sobe no rochedo para melhor observar as estrelas, fita por horas seu rosto no espelho d’água para entender a si mesmo.
É claro que, num mundo mais primitivo, com ursos e lobos, feras mais poderosas do que o homem, com o inverno aterrador e as cheias vorazes, num mundo onde os grãos ainda não eram domados para a agricultura, nem o gado para a pecuária, numa humanidade encravada em florestas inexpugnáveis, a preocupação com a sobrevivência sobressaía por sobre o interesse pelo conhecimento – e é nesse universo humano afastado do aprofundamento da reflexão racional que o animismo, que o paganismo em geral, lançou seus alicerces. Pela incapacidade de entender o mundo, já que faltava tempo, já que havia interesse maior na sobrevivência e equipamentos necessários para estudos profundos inexistiam, os fenômenos naturais em suas dimensões colossais, pelos apelos emocionais involuntários, foram explicados como frutos diretos de ações divinas ou como sendo os próprios deuses. Nesse sentido, o homem, além de não entender o mundo corretamente, criou religiões com base nos elementos naturais e em si mesmo.
Essa perspectiva imperou na totalidade das religiões pagãs até o advento do judaísmo, que concebia a existência de um Deus único, fora do Universo e responsável pela criação do mundo natural, tal determinado por leis estabelecidas e não-divino. A filosofia grega também foi um avanço, tirando conclusões mais coerentes através de análises mais profundas da existência, das evidências e das religiões ancestrais – atingindo quase o nível do ateísmo. O cristianismo veio como um engrossamento do pensamento judaico, com os acréscimos daquilo que Jesus Cristo fez e disse e dos escritos de seus seguidores e apóstolos, em especial Paulo, e um aprofundamento das filosofias gregas, dando-as um sentido mais claro. No contexto aqui formado, o homem entendia-se como a imagem e semelhança de Deus, de modo que tinha o direito de estudar o mundo natural e, vendo o mundo natural como não-divino, sentia-se livre para analisá-lo – isso também com base no ânimo de se saber que, como os elementos naturais e seus fenômenos não são entidades que possuem vontade própria, valia a pena estudar a natureza e suas regras fixas. Conforme o homem estabeleceu-se em ambientes mais seguros, pôde pensar mais, isso embasado no apogeu do pensamento judaico e grego.
Com novos conhecimentos de matemática, química, física, astronomia, biologia, geologia e todas as diversas áreas da ciência, isso tudo com base no desenvolvimento de nossos equipamentos de estudo, o homem foi descobrindo que, realmente, assim como declara a Bíblia, as movimentações do mundo natural são embasadas em princípios estabelecidos e mecânicos – as coisas acontecem não por serem entidades, mas porque leis as causam. Com o tempo descobriu-se que os raios não são lançados por deuses nos céus, também se soube que o Sol não é arrastado pela abóboda celeste por uma carruagem voadora, nem a chuva escorre de um oceano primordial, nem que a Terra é chata ou o centro do cosmos – isso tudo com base em estudos e novas percepções. A desmitologização do mundo foi o resultado mais óbvio: se soube que a chuva vem como fruto de um ciclo natural, se soube que o raio é resultado do acúmulo de eletricidade e da polarização da mesma, se soube que seres vivos não brotam de pedras, trapos de roupa ou pedaços de carne e se soube que a gravidez é fruto da união de gametas tanto do homem, quanto da mulher. Logo descobriu-se que basicamente todos os mecanismos quem mantém a vida em nosso mundo se desenvolvem dentro de princípios químicos e físicos, também descobriu-se que tudo o que a vida é, em todas as suas formas, está estabelecido em imensos códigos genéticos, plenamente constituídos de elementos químicos. A razão nos trouxe a uma realidade que, embora perigosa, garantiu os mais significativos avanços tecnológicos e medicinais –preservando mais vidas do que destruindo-, as mais ricas descobertas científicas e a mais plena concepção de mundo e Universo.
É claro que as partes do mundo não tocadas pelos pensamentos greco-judaico-cristãos jamais chegariam no mesmo ponto. Enquanto Newton entendia a gravidade, um brâmane hindu pensava que a Terra estava montada sobre elefantes e estes, por sua vez, sobre uma tartaruga cósmica – uma versão ainda existente do Altas grego, esquecido mediante os avanços do pensamento ocidental. Em certo aspecto, partes geográficas do mundo nunca deixaram de guardar homens com concepções primitivas – assim como, no coração humano, nunca deixou de existir um resquício daqueles longos milênios de nomadismo. Mesmo com todos os avanços, foi fácil revitalizar a pré-história: bastou tomar algo emprestado do vizinho e dar uma vasculhada nas próprias entranhas. Quando começamos a pensar dessa forma, não podemos deixar de nos surpreender com o fato de os ocidentais estarem, depois de toda a carga de informação recebida, voltando a crer num Universo místico, onde estrelas projetam o futuro de cada, onde o pé de grama é alguém reencarnado, onde todos, na vida passada, foram alguém famoso e moraram em algum lugar importante – milhares foram Napoleão e a Toscana, certamente, já foi mais bem povoada do que hoje é.
Fim da Primeira Parte.
Natanael Pedro Castoldi
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Obrigado pelo trabalho
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