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Entendendo o Islamismo

A segunda maior religião do mundo - o islamismo -, religião que tem conquistado vastos espaços no Ocidente, fragilizado pelo vácuo moral e religioso, merece ser devidamente estudada e analisada. É uma pena que o pequeno número de ateus que reside no Oeste de nosso mundo tenha absorvido quase a totalidade das atenções dos intelectuais cristãos quando, nos bastidores, forças muito maiores têm se movimentado. Prestemos atenção naquilo que está atuando para além do intelectualmente inerte ambiente acadêmico e bradado no fantasioso mundo virtual! Deus tem voltado para os antros científicos e universitários, a fé tem se fortalecido em todo o mundo. Com base nisso, a questão para nós, hoje, não deve se dar no exclusivo reagir ao ateísmo, que, depois do Século XX, só conseguiu tomar fôlego na primeira década do Século XXI por advento, dentre outras coisas, do Atentado de 11 de Setembro de 2001, nas Torres Gêmeas, Nova York, mas já está quase sem ar novamente - com o retorno massivo do interesse pelo misterioso e espiritual, que é inerente ao ser humano, nosso dever é unir forças para orientar as pessoas sobre em qual divindade elas devem depositar suas vidas.

Observação importante: o texto que segue, no que se refere ao islamismo, encontra-se isento de opiniões pessoais, sendo totalmente retirado dos livros que disponho em minha biblioteca e refletindo estritamente as opiniões e conhecimentos dos seus respectivos autores. Tentei ser honesto e equilibrado, uma vez que o cristão que exagera e deturpa os fatos está sendo incoerente com a própria fé e que o ódio baseado na ignorância não ajuda em nada no diálogo e na aproximação entre o seguidor de Cristo e os membros de outros grupos religiosos.

Resumo:
- A doutrina de Deus:
"Não Deus, mas Alá", uma crença unitária e monoteísta, que define uma divindade que determina cada evento específico que acontece no mundo. Alá é praticamente o sinônimo da sua palavra, parte da qual se encontra do Corão.

- Aflição humana:
Enquanto Alá é infinito e soberano, o ser humano é finito e tolo, necessitando de instrução, tal encontrada no Corão. Os seres humanos também são vistos como pecadores e o pecado é, essencialmente, visto como a infração aos tabus muçulmanos, comportamentos proibidos ou mediante a incapacidade de realizar e sublime e perfeita vontade de Alá. O muçulmano não acredita no Pecado Original que derramou-se por sobre toda a humanidade através de Adão.

- O caminho da salvação:
Para ser salvo, o indivíduo precisa aceitar os Cinco Pilares (recitar o credo diariamente, orar, dar esmolas, peregrinar para Meca e jejuar durante o Ramadã) e demonstrar completa e total devoção a Alá. Somente os mais diligentes dos muçulmanos serão salvos no final.

- Objetivo supremo:
A ressurreição dos justos, que serão felizes eternamente num palácio celestial. Todos os prazeres dos quais os muçulmanos se privaram na vida terrena estarão acessíveis. Os infiéis arderão eternamente num torturante inferno.
Fontes: Bíblia de Estudo Defesa da Fé, CPAD, 2010, apêndices; O Islam, Código de Vida Para os Muçulmanos, Alimam Abul A'la Maududi, Centro de Divulgação do Islam para América Latina, pg 11.

Definição:
Há no mundo, atualmente, cerca de 900 milhões de muçulmanos. "Islã" significa "submissão", o que aponta para o fator central dessa fé, que é a submissão a Alá, o Criador e Senhor. Outra perspectiva afirma que "Islã" vem do hebraico "shalom", que significa "paz". O Islã é uma sociedade unitária, na qual todos e cada um se sentem solidários e irmãos, apesar da variedade de línguas, culturas e raças. Seu fundador é o profeta Maomé (578-632 d.C.) e toma como base o Corão, seu livro sagrado. A vida de Maomé divide-se em dois períodos: o primeiro, em Meca, concentra-se na pregação do monoteísmo e do juízo iminente de Deus contra os politeístas e os ricos que oprimem os pobres; o segundo, em Medina, centra-se na organização jurídica da comunidade islâmica e à Guerra Santa.

História:
Tudo se inicia com Maomé e seu ímpeto de revelar, em Meca, a vontade revelada por Alá. Sofrendo resistência, Maomé fugiu, com alguns amigos, para a cidade vizinha de Medina (hégira, 622 d.C.). Em Medina, recebendo apoio, superou seus adversários, dominando Meca dois anos antes da sua morte, em 632 d.C. Os califas foram os responsáveis por perpetuar a herança de Maomé - na profissão de fé muçulmana Maomé é devidamente considerado: "Não há outro Deus senão Alá, e Maomé é seu profeta." Os dizeres desse profeta, recolhidos e reunidos, possuem certo caráter de lei, sendo o Corão o centro de toda a vida muçulmana.

Num primeiro momento, o islamismo alastrou-se nas terras dos "povos do livro", que são os judeus e cristãos, que inicialmente não deveriam ser convertidos, apenas humilhados e forçados a pagar impostos, enquanto os pagãos deveriam ser todos mortos. Os muçulmanos evocam Alá como o responsável pelo grande sucesso das expansões iniciais do islamismo. Sempre caracterizando o espírito do islamismo, o sentimento de poder e triunfo tem sido desafiado mediante a miséria econômica e cultural de diversos países muçulmanos. Os países muçulmanos atualmente se agrupam em uma Conferência de Estados Islâmicos, que defendem sua religião como a solução para o mundo - é certo que possuem um projeto de civilização e um projeto religioso para o mundo.

O projeto de civilização do islamismo aponta a lei revelada por Deus como base para a política e o direito. Tudo na vida do muçulmano tem um aspecto religioso. Hoje a secularização, a politização da fé e os problemas econômico-sociais têm desafiado esse projeto de civilização.

Doutrina e culto:
Credo simples e culto exigente, uma conduta de acordo com a lei e uma experiência religiosa interior. Crê-se num único Deus e se deve obedecer a tudo o que ele ordena - a grandeza do homem reside no concordar com esses termos. O muçulmano acredita que o Corão é, letra por letra, citado por Alá para Maomé e que Maomé é o padrão de homem a ser imitado. O muçulmano reflete sobre o Corão, mas não pode criticá-lo - tal livro crê em anjos e demônios, confirma a tradição profética, adere à Torá, ao evangelho, aos salmos e ao Corão, embora raramente dá ênfase para as primeiras opções, afirmando que a Torá e os evangelhos são falsificações e que os salmos nada revelam sobre Alá. Em suas páginas vemos a certeza de que a história acabará e ocorrerá a ressurreição, o juízo e a última vida, no paraíso ou no inferno.
O direito muçulmano consiste num conjunto de deveres religiosos que absorve tudo, a totalidade das ordens de Alá, e regula todos os aspectos da vida pública e privada, social e individual, também regulando o culto e o ritual, a justiça e a política. No culto islâmico não há lugar para música, nem para imagens. A poligamia é permitida e quem morre na guerra santa vai diretamente para o céu. Segundo Urbano Zilles e conforme os dizeres de Maomé, o muçulmano crê que os povos que não têm uma religião superior (determinada pela existência de livros sagrados) devem ser submetidos ao Islã.

Os Pilares:
Profissão de fé, oração ritual, esmola legal, jejum do Ramadã e peregrinação a Meca.

- A oração ritual deve ser praticada cinco vezes por dia (de manhã, no meio-dia, na primeira hora da tarde, ao pôr do sol e à noite). A oração é um meio de o homem elevar-se moral e espiritualmente (ela é comparada ao alimento físico). Uma vez por semana, sexta-feira, celebra-se em comunidade, assembleia, na mesquita, uma solenidade especial, que acompanha uma homilia pronunciada do alto do púlpito. Nas duas festas mais importantes do islamismo também são celebradas orações comunitárias, que comemoram o sacrifício de Abraão e o encerramento do jejum de Ramadã. A oração deve ser feita voltando-se na direção de Meca.

- A esmola aparece 32 vezes no Corão. A esmola legal engorda o tesouro do Estado, servindo como uma restituição a Deus, que é tido como proprietário de todo o mundo.

- O jejum do Ramadã é obrigatório para todo o crente adulto (começando na puberdade), com algumas exceções. Trata-se do nono mês do ano lunar e não pode ser interrompido durante nenhum dia. O muçulmano, durante esse período, abstém-se de comida, bebida, fumo e de toda a atividade sexual durante o dia - quando o sol se põe essas coisas tornam-se legais e faz-se uma confraternização. O Ramadã recorda as tradições e leva os ricos a se lembrarem da fome dos pobres. No dia 27 desse mês festas especiais são celebradas, relembrando a subida de Maomé ao céu.

- A grande peregrinação para Meca ocorre anualmente, fazendo com que Meca receba milhões de visitantes em uma data fixada pelo calendário lunar. Todo o adulto livre, são de espírito, distante de guerras e em condições financeiras é obrigado a ir para Meca pelo menos uma vez na vida. Cuidadosos rituais de orações e purificações, além procissões aos lugares santos, são dados nesse período - o território sagrado de Meca e Medina é rigorosamente vedado aos não-muçulmanos.

- A profissão de fé muçulmana se resume da seguinte forma: "Não há outro deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta". Tal profissão impede que o muçulmano mude de religião e, caso isso aconteça, ele perde todos os direitos civis, incluindo o direito à vida, a qual pode ser tirada por qualquer muçulmano, favorecendo o fanatismo e impedindo muitas conversões ao cristianismo. Os cristãos dos países árabes são perseguidos de diversas maneiras, com exclusão dos ofícios públicos e impostos mais elevados - a incoerência, segundo Zilles, é que quando os muçulmanos são discriminados nos países cristãos, reclamam, sendo muitos deles igualmente intolerantes.

- A ideia de Guerra Santa surgiu com Maomé, quando este se encontrava em Medina, depois de ter fugido de Meca, no tempo em que precisou armar defesas contra seus perseguidores. Necessitando de dinheiro para constituir um exército, supostamente o anjo Gabriel lhe permitiu a pilhagem de caravanas. Zilles afirma que, vendo o sucesso como confirmação do favor de Alá, Maomé sugeriu que todo o que morresse em Guerras Santas teria acesso direto ao paraíso - com os demais devendo esperar até o final dos tempos.

A mesquita é o seu lugar sagrado, não contendo imagens e nem cadeiras, apenas tapetes - o fiel, ao entrar nela, precisa tirar os sapatos e, ao rezar, acocora-se sobre os calcanhares, encostando a cabeça no tapete.

Os cristãos e os muçulmanos:
Cristãos e muçulmanos são monoteístas, cada um nos seus moldes; Jesus é citado 25 vezes no Corão, seja como filho de Maria, seja como "o messias Jesus, filho de Maria". Porém Jesus é considerado apenas um profeta como os demais, enviado por Deus para os israelitas. Os muçulmanos acreditam n nascimento virginal de Cristo, afirmam que Jesus realizava milagres desde criança e consideram que Deus revelou Sua vontade para ele - mesmo tendo sido rejeitado pelos judeus, os muçulmanos acreditam que Deus arrebatou Jesus aos céus sem ter passado pela morte. Maria é a única mulher que o Corão cita pelo nome.

Jesus, no Corão:
- Não é considerado Deus.
- Teve um nascimento milagroso, resultante do "desejo de Deus".
- Foi levado ao Céu.
- Voltará para a Terra no final dos tempos.
Fonte: Religiões, Crenças e Crendices, 4ª Edição, Urbano Zilles, ediPUCRS, 2012, pgs 75-82; Uma Outra História das Religiões, Odon Vallet, Globo, 2002, pgs 92-93 e 96.

Alguns aspectos históricos e geográficos singulares:
- Objetivo e caráter iniciais: restabelecer a unidade do monoteísmo contra os dogmas trinitários. Maomé, sobrinho e genro de condutores de camelos, órfão de pai e mãe, fez uma síntese do pensamento religioso de sua terra e eliminou tudo o que confrontasse a unidade de Deus, selecionando ideias capazes de unir os beduínos do deserto - logo os sarracenos abandonariam seus deuses locais e usariam de uma fé única como arma em suas empreitadas. As divindades femininas foram repudiadas e Alá passou a ser considerado totalmente masculino - sugere-se que Alá é o equivalente a Elohim, Deus dos judeus, e a El, antigo deus semita.

Maomé, ao cogitar na sua nova religião, tomou emprestado do cristianismo a imagem de um deus universal e extraiu do judaísmo a ideia de uma divindade superior à sexualidade e à procriação. O profeta, desanimado com o politeísmo de sua terra, que tinha mais de 500 divindades, valorizava o monoteísmo judaico e cristão e o seu uso de livros sagrados. Maomé rejeitava a doutrina da Trindade, em concordância com a maioria dos cristãos que conhecia, que eram hereges monofisistas e nestorianos - o islamismo adotou, ainda, alguns elementos das religiões persas (maniqueísmo e zoroastrismo), que tinham representantes nas caravanas que passavam pelo Oriente Médio, presentes nas descrições do Paraíso e no tema "Bem vs Mal", embora apresente Alá como mais poderoso que as forças malignas.

- Realidade política e intelectual: o islamismo floresceu numa região quase intocada pelo pensamento grego, tendo sido evitada pelos exércitos de Alexandre, pela Antiga Roma e também por Bizâncio.
- Contexto religioso: o islamismo nasceu numa realidade profundamente politeísta, com direito a divindades femininas, do culto à pedras e do oferecer de oferendas aos djins, conforme eram chamados os "espíritos da natureza".
- Expansão: essencialmente por meio de exércitos e caravanas.
Fonte: Uma Outra História das Religiões, Odon Vallet, Globo, 2002, pgs 86-95; Depois de Cristo, O Triunfo do Cristianismo, Reader's Digest, 1999, pg 318.

 De onde vem "Alá"?
A origem tanto da divindade quanto do seu nome é um assunto ainda em discussão e eu tenho duas versões contraditórias:

- Elohim = Alá: como já citado anteriormente, sugere-se que o nome "Alá" seja apenas uma variação do antiquíssimo "Elohim", remetendo à divindade que, una, é o princípio eterno de todas as coisas. Conforme aprende-se na leitura do livro "Uma Outra História das Religiões", Odon Vallet, Globo, 2002, pg 92, tal similaridade aponta para a consciência primordial e universal da crença num único Deus, num mesmo princípio ativo por detrás de tudo, que tem suas definições e natureza alteradas conforme o tempo e a cultura. O mesmo ocorre com o grego "Theos" com relação a "Deus" e a "Zeus", embora o terceiro tenha perdido o valor do significado da raiz de seu nome por advento das insanidades mitológicas que o contaminaram.

- Al-llah = Alá: refere-se ao nome de um deus em particular que originalmente existia num variado politeísmo, sendo o deus da lua, adorado pelos quraishes, povo de Maomé. Tal divindade da lua, séculos antes de o islamismo se tornar uma potência, recebia vários sacrifícios de animais e humanos. O islamismo originalmente tata-se, portanto, apenas da opção e imposição da parte de Maomé por sua divindade particular e familiar, já que o próprio nome do pai de Maomé, Abed Alá, significava "servo de Alá". Sendo Alá originalmente o deus da lua, não pode ter brotado diretamente do termo, mais genérico, "Elohim".
Fonte: Em Defesa da Fé Cristã, Dave Hunt, CPAD, 2012, pgs 38-40.

Problemas no islamismo - os dois lados:
- Costumes tribais primitivos, de antes do movimento de Maomé, segundo Dave Hunt, ainda persistem no islamismo atual. O Ramadã, por exemplo, já era festejado antes de o islamismo ser formulado - Alá, como já citado, era apenas mais uma dentre muitas divindades. Segundo Hunt, Maomé conquistou Meca depois de encontrar um pretexto para acabar com um tratado de paz selado com a cidade, destruindo os ídolos pagãos na Caaba, o que incluiu Alá, e começou a pregar contra a idolatria, porém, mesmo assim, Maomé manteve o templo de ídolos e preservou o ritual de beijar a pedra negra (parte integrante da antiga adoração aos ídolos). Na antiga tradição politeísta, Alá tinha três filhas: Al-Uzza, Al-Lat e Manah. Num sentido mais amplo, a permanência desses traços não chega a ser um aspecto negativo: Maomé provavelmente decidiu preservar algumas características culturais comuns aos primeiros convertidos para que tal religião lhes fosse mais familiar.

- Dave Hunt também levanta questões sobre a suposta ascensão de Maomé ao Céu, ocorrida tradicionalmente em Jerusalém. Segundo Hunt, não há base nem histórica e nem no Corão para tal crença - não há sustentação desse evento no dito livro e nenhuma alusão a testemunhas oculares do fato. O único versículo do Corão que alude a esse evento não é nada claro (Sura 17:1): "Glorificado seja aquele que carregar seu servo à noite do Local Inviolável de Adoração para o Local de Adoração distante [al-Aqsa], a vizinhança que nós abençoamos, para que pudéssemos mostrar a ele nossos testemunhos! Veja! Ele, apenas ele é aquele que ouve e que vê". Nisso não há nada que aponte para o alegado evento! O "Local Inviolável de Adoração" é Meca, mas Jerusalém, que nunca havia sido usada como um lugar com significado religioso para o muçulmano, não pode ser o "Local de Adoração distante" - segundo Hunt, não existe nenhuma menção de Jerusalém no Alcorão. Vale observar que tal questão, a da ascensão de Maomé, não interfere em nada nas doutrinas e costumes muçulmanos.

- Hunt também comenta sobre a política histórica de expansão do islamismo que "desde os primórdios, foi propagado pela espada. A escolha era a conversão para o islamismo ou a morte. Obviamente, qualquer 'fé' que alguém deve adotar a fim de escapar à execução não é genuína." Observemos que Hunt, apesar de apontar para uma verdade, não a apresenta em sua totalidade: conforme observado por Tim Dowley, os muçulmanos dos primeiros séculos, ao conquistarem as terras, geralmente não obrigavam o povo a se converter, promovendo apenas algumas restrições civis, cobrando impostos, instalando sua cultura e mantendo o controle do território conquistado - o processo de conversão de muitas terras ocorreu, em diversas ocasiões, de modo relativamente pacífico, com o povo mergulhado no domínio militar, religioso e cultural dos maometanos e observando na fé de seus conquistadores maiores oportunidades sociais.
"A maioria da população no novo império islâmico permaneceu não-muçulmana. Nesses primeiros anos, o Islã admitia a perpetuação das culturas locais e não insistia na conversão religiosa. O califa Omar introduziu um imposto chamado jizya, a ser pago pelos não-muçulmanos em troca do privilégio de continuar a praticar sua religião." Tim Dowley

- Se você tem interesse em conhecer alguns pontos complicados do Corão, que residem no tempo da sua confecção e na sua constituição, leia o artigo publicado no EOMEAB no dia 3 de julho de 2013, sob o título "A Bíblia não é Igual aos Outros Livros Sagrados?".
Fonte: Em Defesa da Fé Cristã, Dave Hunt, CPAD, 2012, pgs 38-41 e 267-270; Os Cristãos, Tim Dowley, Martins Fontes, 2009, pgs 93-94.

O Deus cristão e Alá:
O Deus pregado pelo cristianismo se resume numa palavra: "amor", enquanto Alá, como pregado no islamismo, pode ser resumido na palavra "temor". Alá é uma divindade que destrói os pecadores, concentrando-se na salvação dos justos e não lida com o conceito de Graça, pois apenas recompensa as boas ações. O conceito de Graça difere o Deus cristão que, sendo Trino, não pode ser descrito como uma divindade solitária e de difícil acesso, pelo contrário: Ele mesmo organiza a história do mundo para garantir a remissão de qualquer pessoa, por pior que seja, que pedir perdão pelas suas transgressões e considerar Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, sem depender de obras e virtudes, de méritos e dolorosos rituais.
Fonte: Em Defesa da Fé Cristã, Dave Hunt, CPAD, 2012, pgs 41-42.

É interessante notar que o Deus cristão nunca deixou de ser o que sempre foi, em sua natureza essencial, dentro do pensamento religioso humano. Não há nenhuma boa evidência que sugira que a divindade chamada simplesmente de "Deus" (Elohim, Iavé, Theos), uma palavra de raiz antiquíssima e simples, além de ser dotada de um significado genérico e supremo, em Sua compreensão como Deus único, Eterno e Criador, tenha adentrado na mentalidade dos hebreus por influência dos politeísmos e demais paganismos derredores, também não há nenhuma evidência conclusiva que sugira que o Deus dos hebreus já fosse adorado de uma forma diferente e noutra esfera religiosa antes da Sua revelação para Abraão. Desde que temos registros, o Deus cristão, inicialmente revelado aos judeus, é o que hoje cremos, sendo a própria concepção de Trindade, embora não absolutamente clara, presente e evidente em todo o Antigo Testamento* - também consideremos como as exigências morais que Jesus levantou apenas aprofundaram o interesse de Deus já presente no Velho Testamento em ver os homens mais orientados para o atingir da excelência moral do que ritual, com direito ao questionamento dos sacrifícios e da própria suficiência do Templo (Amós 5:21-24; 1 Samuel 15:22 e 1 Reis 8:27). * Leia o seguinte artigo do EOMEAB: A Trindade na Bíblia. As Teofanias e o cumprimento de uma série de profecias do Antigo Testamento em Jesus apontam para uma continuidade proposital e direcionada pelo Deus Eterno: Teofanias: Cristo no Antigo Testamento; Cristo e as Profecias do Antigo Testamento. Leia mais sobre o tema no seguinte artigo do EOMEAB: O Antigo Testamento Originou-se de Religiões Pagãs?

Natanael Pedro Castoldi

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