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O Ateísmo e os Países Desenvolvidos

Não é nada incomum nos depararmos com a seguinte ideia: "Quando mais desenvolvido o país, mais ateu ele é". Apesar de ter um fundinho de verdade, tal informação geralmente surge do erro e provoca-o, uma vez que dá a entender que o ateísmo é um gerador de desenvolvimento, o que não possui nenhuma prova histórica - na verdade tivemos vários países de vertente RELIGIOSA ateísta no Século XX, nações essas que provocaram a morte de mais de 100 milhões de pessoas e foram incapazes de se sustentar social, econômica e ideologicamente, despencando em desenvolvimento humano. De qualquer forma, ocorre hoje um grande aumento no número de ateus residentes nas nações Ocidentais mais desenvolvidas, o que carece de esclarecimentos - embora não se façam necessárias grandes argumentações. Segue uma imagem que une o tendencioso posicionamento pró-ateísmo com a minha refutação:
Você pode ler sobre a Teologia Racional da Idade Média e o Renascimento na postagem "A Igreja e o Conhecimento: a Antiguidade Preservada", sobre o papel da Reforma Protestante no desenvolvimento da civilização na postagem "Reforma Protestante: Ciência e Democracia" e sobre a Revolução Científica nos artigos "A Igreja e a Revolução Científica" e "Os Cientistas e Deus".

Que seja lembrado que o Renascimento só foi possível com base em documentos da Antiguidade Clássica preservados pelos monges cristãos e depositados em Constantinopla e que a maior financiadora dos artistas e pensadores renascentistas foi a Igreja, que pretendia reerguer o Império Romano fortalecendo o seu legado. A Idade Média deixou como filhas as duas vertentes de maior potencial civilizatório: nas partes mediterrânicas fez brotar o Renascimento e, nas regiões frias do norte, a Reforma Protestante que, por sua vez, tratou de dar o maior estímulo para a Revolução Científica. A configuração de civilização ocidental, portanto, brotou -em grande parte- das profundezas da Igreja, entrando em atrito com o pensamento iluminista e com a ideologia da Revolução Francesa, ambos anticristãos e antirromanos, orientados para a construção de uma nova civilização, esta, por sua vez, independente do pensamento cristão - irredutivelmente ligado a tudo o que envolvia a civilização ocidental pré-iluminista. Porém nem mesmo o Iluminismo isentou-se de influências cristãs, uma vez que tomou como uma de suas bases o pietismo alemão. Entendamos com isso que a Igreja não se colocou em oposição ao Iluminismo temendo o seu caráter racional - a racionalidade habitava a Igreja desde os tempos da Antiguidade, quando o pensamento cristão encontrou a filosofia grega, numa da maiores revoluções filosóficas da História -, mas, sim, por causa de seu posicionamento anticristão e antirromano - pretendia desenvolver a sociedade partindo de uma "religião da razão" e de vias opostas às do Renascimento.
Fontes: A História Revelada dos Papas, Quero Saber, Escala, 2009, pg 102; Os Cristãos, Tim Dowley, Martins Fontes, 2009, pgs 103 e 132; Panorama da História da Igreja, Curso Vida Nova de Teologia Básica, James P. Eckman, Vida Nova, 2005, pgs 79-82; Heróis da História, Will Durant, L&PM POCKET, 2012, pgs 204-206; Filosofia, Curso Vida Nova de Teologia Básica, Jonas Madureira, 2010, pg 81.

Natanael Pedro Castoldi

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