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Sobre O Código Da Vinci e o Suposto Casamento de Jesus

Em nossos dias têm sido moda afirmar que Jesus foi casado e teve filhos, o que ataca aquilo que fica claro nos Evangelhos e mina o ponto consolidado da tradição cristã de que Cristo jamais se casou ou deixou descendência. Uma das fantasias que mais inspirou esse tipo de conspiração nos últimos anos foi o afamado O Código DaVinci, de Dan Brown, mas alguns outros achados e delírios também serviram para alimentar o conto. Verifiquemos as evidências:

1 - Teorias insanas:
Uma grande porção de livros têm levado muitos leigos a pensamentos errôneos sobre o verdadeiro Cristo. Além de O Código DaVinci, temos obras como "The Jesus Papers", de Michael Baigent, as obras de Barbara Thiering e Dolores Cannon. Esses escritores, segundo Craig Evans, estão somando esforços para levar "jesuses" estranhos ao Novo Testamento, dos séculos II e III para o I, desejando desafiar o Jesus neotestamentário. As teorias levantadas são fruto de uma grande imaginação, especulação e, até mesmo, de ideias místicas. Alguns desses autores chegaram a "descobrir" códigos secretos e, descodificando textos antigos, a desvendar "verdades ocultas" sobre o Messias. A verdade é que intuição mística, conhecimento mediúnico e esquemas bizarros concebidos para decifrar supostos códigos não são coisas que podem ser avaliadas objetivamente. Analisemos algumas das obras:

Ao longo de sua obra acerca de "Jesus", Barbara Thiering, ao decodificar materiais antigos, chegou às seguintes conclusões sobre o Messias, postas em secreto pelos autores originais:

- Ele nasceu em 7 a.C., no domingo de 1 de março, em Mird, Mar Morto.
- Foi separado da mãe aos 12 anos.
- Passou a adolescência em Alexandria, onde foi influenciado pelo budismo.
- Foi batizado em Jerusalém no ano 15 d.C.
- Seu pai morreu em 20 d.C.
- Em 1 de março de 29 d.C. começou a se preparar para o ministério.
- Em 6 de junho de 30 d.C. ficou noivo de Maria Madalena, com quem teve um casamento experimental em 23 de setembro e um oficial em 18 de março de 33 d.C.
- Em 33 d.C. foi crucificado ao lado de Simão, o Mago, e Judas Iscariotes, mas, drogado, mesmo aparentando estar morto, Jesus não estava. Sobreviveu om remédios que foram escondidos no seu sepulcro. Voltou ao ministério em 36 d.C.
- Em 40 d.C., Jesus se encontra com Paulo.
- Em 50 d.C., Jesus se casa com Lídia.
- em 58 d.C. ele se encontra com Paulo para festejar os 25 anos da crucificação e da Última Ceia.

Além disso, uma outra "descoberta" de Thiering "prova" que Jesus teve filhos com Maria e Lídia. Como ela "desvendou" essas "verdades"? Através de uma minuciosa análise dos Manuscritos do Mar Morto e do Novo Testamento, pressupondo a existência de um código a ser decifrado. Esse código "encontrado" por Thiering concluiu outras coisas estranhas: através dele o "Mestre da Justiça" acaba sendo João Batista, e o "Sacerdote Ímpio", o próprio Cristo; não é Lázaro que ressuscita, mas Simão, o Mago; e por meio dele até mesmo se encontrou algo sobre os papas e os cardeais. Segundo Craig Evans, nenhum acadêmico competente valoriza esses "achados" - até porque é perfeitamente possível ler todo o material que ela "decifrou" e não encontrar nada disso, já que essas coisas não existem nos textos.

Em sua obra, Dolores Cannon, médium e praticamente de hipnose para recordação de vidas passadas, afirma ter retrocedido até a vida de uma testemunha ocular de Cristo, com quem descobriu a verdade sobre Jesus. A mesma autora alega ter feito isso para desvendar questões sobre Nostradamus, OVNIS e bruxaria. É lógico que seu trabalho não pode servir como fonte para estudos sérios.

Recentemente tem sido reascendida a questão sobre o Santo Graal, cuja existência foi desprezada pelos cristãos por mais de mil anos, até o Século XII. Segundo a lenda, esse seria o cálice no qual Cristo bebeu na Última Ceia - não há uma única evidência histórica para ele. É claro que a carência de historicidade não é importante para alguns estudiosos, que se apegam a mitos como se fossem fatos. Foi isso o que fizeram Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln no livro "The Holy Blood and The Holy Grail", onde afirmam que Jesus e Maria Madalena tiveram filhos e que tais filhos chegaram na França, onde, unidos aos nobres, formaram os merovingianos. Esses "fatos" eram do conhecimento de sociedades secretas - os Templários e a Confraria de Sion -, que fizeram todo o possível para guardar o segredo e proteger os descendentes de Cristo. Como base de autoridade, os autores afirmaram o achado de documentos secretos na Biblioteca Nacional da França, além de detalhes em obras de arte e lendas ligadas a Rennes le Château. Nada disso é crível para um bom historiador.

A verdade é que o próprio Baigent reconheceu a fraude antes de seu livro ser publicado. O embuste começou em 1956, quando circularam rumores sobre o achado de um tesouro e dalguns documentos importantes em Rennes le Château, que serviram de incentivo para que uma trama enganosa fosse forjada por Pierre Plantard e amigos, com alguns dos documentos inverídicos acabando depositados na Biblioteca Nacional da França. Todos os envolvidos no crime reconheceram. Pierre Plantard acabou preso por algum tempo. O jornalista Jean-Luc Chamueil, auxiliado pelos arqueólogos Bill Putnam e John Edwin Woods, publicou um livro resolvendo o caso - "The Treasure os Rennes-lê-Château: A Mistery Solved", 2003.

Por essa época, Michael Baigent e Richard Leigh publicaram outra obra, "The Dead Sea Scrolls Deception" (1991), que, segundo Craig Evans, está cheio de "problemas, erros, sugestões e rumores enganosos". Os autores conspiram sobre a demora para a publicação dos últimos manuscritos do Mar Morto, achando que se tratava de a Igreja tentando ocultar verdades inconvenientes - uma demora que nada teve com o ocultar de "verdades embaraçosas". Diversas suposições sobre a vida de Cristo foram formuladas, mas nenhuma se sustentou quando os manuscritos foram divulgados.

Posteriormente, inspirada em "The Holy Blood and The Holy Grail", Margaret Starbird encorpou a lenda de que Maria Madalena visitou a França em 42 d.C., acompanhada de uma jovem de nome Sara, que significa "princesa", e, portanto, filha dela com Jesus. Estranha conexão. Em suas obras sobre o tema, Starbird mistura mitos de sereias, o símbolo cristão ("ichthys"), lendas merovingianas, gematria, o sentido radical de "Maria Madalena" e alguns versículos bíblicos, produzindo, assim, a crença inadmissível de que Maria Madalena tenha tido uma filha com Cristo e fugido com ela pra a França. Nenhum historiador de verdade consegue sustentar essa teoria com evidências.

É aqui que entra Dan Brown, que foi fortemente influenciado por Baigent e Leigh e, em menor grau, por Starbird. O Código DaVinci apresenta, basicamente, todas as principais conclusões de "The Holy Blood and The Holy Grail" e "The Dead Sea Scroll Deception", motivo pelo qual Brown foi processado por Baigent e Leigh. Para a formulação de sua teoria, Brown também tomou algo de outras fontes questionáveis e de si mesmo:

Ele trata os embustes do Priorado de Sião e Rennes lê Chateau como se fossem o próprio Evangelho e, considerando a aparência feminina de João ao lado de Jesus na "Última Ceia", de DaVinci (1497), afirma ter encontrado Maria Madalena intimamente próxima ao Messias. Quanto a isso, há oposição dos historiadores da arte, que apontam que quase todo o homem jovem do período de Leonardo era retratado com esse aspecto - sem barba e com cabelos compridos. Foi assim que Leonardo pintou "João Batista", Rafael pintou "São Sebastião" e Pierre della Francesca pintou "São Juliano". Isso era característico da Renascença. 

O personagem de Dan Brown, Sir Leigh Teabing (de Richard Leigh e Michael "Baigent"), principal instrutor nO Código DaVinci, comete uma série de erros graves em suas colocações: dá crédito a Constantino, séc. IV, pelo conteúdo da Bíblia; afirma que Constantino pressionou os líderes cristãos a verem Jesus como divino; afirma que existiram 80 evangelhos no Primeiro Século, muitos deles queimados por Constantino; afirma que o Evangelho de Filipe foi escrito originalmente em aramaico; refere-se aos códices coptas como "rolos"; faz parecer que os Manuscritos do mar Morto foram achados numa só caverna  nos anos 50 - foram 11 cavernas em 1947; e também erra quando afirma que esses manuscritos falam da história do Santo Graal e mostram Jesus como sendo apenas humano, uma vez que não há nenhuma referência cristã nos Manuscritos do Mar Morto, segundo Evans.

2 - Jesus foi casado?
Mas se o Priorado de Sião é um embuste e quem está com Cristo na "Última Ceia" é João, de onde se tira a ideia de que Jesus foi casado com Maria Madalena? Segundo Evans, há apenas dois textos antigos que podem ser sugestivamente interpretados para essa direção: o Evangelho de Filipe e o de Maria Madalena.

O Evangelho de Filipe, em copta, foi composto provavelmente em grego ou siríaco por volta de 150 d.C., e diz, na página 63, das linhas 32-36:

"A companheira do [...] Maria Madalena [...] ela mais do que [...] os discípulos [...] beijá-la [...] em seu [...]."

A reconstrução mais segura do trecho é a seguinte:

"A companheira do [Salvador] é Maria Madalena. [Mas Cristo a amou] mais do que [todos] os discípulos e costumava beijá-la [com frequência] em seu [...]."

Alguns estudiosos preenchem a última lacuna com "lábios" ou "boca", mas "cabeça", "mão" ou "rosto" se encaixam melhor. Segundo Evans, certamente não há amor romântico em vista nesse texto, considerando que o beijo, na época, demostrava respeito - Judas, ao trair Jesus, beijou-o como um discípulo ao meste. No Evangelho de Filipe, a questão é demonstrar que Cristo respeitava mais a Maria Madalena do que aos demais discípulos, o que pode significar que Ele lhe ensinava coisas mais profundas do que aos outros, sendo Maria uma fonte para verdades secretas, como acontece comumente nos escritos gnósticos do Século II d.C. Não há, portanto, intenção de sugerir uma relação sexual entre eles.

O Evangelho de Maria, datado da mesma época - tardio demais para o Novo Testamento -, oferece semelhante entendimento gnóstico. Ele sobrevive em copta num fragmento e no grego em dois, Nele, Maria é convidada por Jesus para aprender coisas que os demais discípulos não tiveram acesso:

"Pedro diz a Maria: 'Irmã, sabemos que eras muito amada pelo Salvador, como nenhuma outra mulher. Portanto, diga-nos as palavras que sabes do Salvador, aquilo que não ouvimos."

O relato que segue, da parte de Maria, assemelha-se profundamente à muitos escritos gnósticos. André expressa descrença e Pedro acusa mentira:

"'Vós pensais que eu falei mentiras sobre o Salvador?' Levi diz a Pedro: 'Pedro, a ira está sempre dentro de ti, que assim questionas como quem se opõe à mulher. Se o Senhor a considerou digna, quem és tu para desprezá-la? Pois aquele, tendo-a conhecido, a amou sempre e seguramente."

As qualificações de Maria aqui são de discípula, não amante. A frase "tendo-a conhecido" não remete a nenhuma conotação sexual - e as versões gregas e copta possuem leituras muito diferentes -, devendo ser entendida no sentido gnóstico de possuir pleno conhecimento. O conflito se dá no direito de Maria de ensinar teologia na comunidade. Não há, dessa forma, evidência alguma de um romance entre Jesus e Maria Madalena.
Fonte: O Jesus Fabricado, Craig Evans, Cultura Cristã, 2009, pgs 183-191.

Para trabalhar esse tema tão debatido em nossos dias, não poderia ater-me apenas aos eruditos mais conservadores, como é o caso de Craig Evans. Barth Ehrman e Dominic Crossan, que tanto criticam o Jesus do Evangelho, conseguem acompanhar Craig Evans quando o assunto é o suposto casamento de Cristo. Crossan é categórico e engraçado em sua posição:

"Há um princípio antigo e venerado na exegese (interpretação) bíblica: o que se parece com um pato, anda como um pato e grasna como um pato, deve ser um camelo disfarçado. Vamos aplicar esse princípio ao suposto casamento de Jesus. Não existe nenhum indício de que Jesus tenha se casado (parece um pato), várias indicações de que não tenha se casado (anda como um pato) e nenhum texto antigo que sugira mulher e filhos (grasna como um pato)... então ele só pode ter tido um casamento secreto (um camelo disfarçado)."
Fonte: John Dominic-Crossan, “Why Jesus Didn’t Marry”, Beliefnet.com.

Barth Ehrman, por sua vez, no livro "A Verdade e a Ficção em o Código Da Vinci", Record, 2005, declara que a palavra usada para "esposa" -koinõnos-, no grego significa, apenas, "companheira", comumente utilizada para referir-se a amigas e companheiras. Ehrman também aponta que, para tratar desse tema, é necessário ir além da mera citação de versículos e passagens de outros manuscritos antigos: "precisamos levar em conta a natureza de nossas fontes, aplicando-lhe critérios rigorosos para separar os fatos da ficção". Isso significa que, mesmo que alguma fonte afirme que Jesus e Madalena foram casados, tal documento deve ser analisado com cuidado para verificar a procedência da informação. A questão é que "nem uma única das fontes antigas que chegaram até nós afirma que Jesus foi casado, e muito menos que Maria Madalena" - segundo Ehrman, "tais afirmações [de que Cristo foi casado] derivam de reconstruções fictícias modernas da vida de Jesus, não tendo qualquer relação com os relatos históricos que até nós chegaram". Com base nisso, é fácil compreender o que leva a imensa maioria dos especialistas do Novo Testamento e dos primórdios do cristianismo chegarem à conclusão de que o Messias jamais se casou.

Para Ehrman, umas das motivações que levou certo número de cristãos dos Séculos II e III a ampliarem, alterarem e inventarem tradições a respeito de Jesus e Maria Madalena reside na carência de informações antigas fidedignas sobre ela. Como que para preencher uma lacuna, eles começaram a desferir declarações sem caráter histórico sobre aquela que foi a única mulher nominalmente identificada no ministério público de Cristo. Não é surpreendente que essas invenções a respeito dela tenham angariado crentes nos nossos dias, caracterizados por um grande interesse pelo maior número possível de informações acerca de Madalena - e com um público tão ávido, não deve nos assustar o aparecimento de diversas ficções sobre o tema, como "The Holy Blood and The Holy Grail".
Fonte: A Verdade e a Ficção em O Código Da Vinci, Record, 2005, pgs 184-185, 194 e 204.

Vale ressaltar ainda algumas das conclusões de Darrel L. Bock:
"Uma das poucas coisas em que concorda a grande maioria dos estudiosos, liberais e conservadores, sobre Jesus é que ele foi solteiro.(...) É muito incomum nos estudos sobre Jesus que estudiosos de todas as linhas concordem em um ponto. Quando isso acontece, deve ser notado. Um ponto de unanimidade é quase sempre correto."

"Qual a probabilidade de Jesus ter sido casado? A resposta é simples: Nenhuma."
Fonte: Quebrando O Código Da Vinci, Darrel L. Bock, Novo Século, 2004, pgs 47 e 59.

Mais recentemente, o debate foi alimentado pela publicação de um manuscrito desprestigiado que supostamente afirma que Jesus tinha Maria Madalena como esposa. A questão ganhou notoriedade pela divulgação de um artigo da professora de Harvard, Karen L. King, que analisou o fragmento, que é datado do Século IV e apresenta, em copta, um diálogo entre Jesus e os discípulos no qual o Mestre fala de Madalena como "esposa". Para verificar a informação, melhor é lermos o que diz o pequeno manuscrito:

Anverso:
1. “não [para] mim. Minha mãe me deu a vi[da...”
2. os discípulos disseram a Jesus: “[
3. negar. Maria é digna de... [alguns sugerem que o correto seria: “Maria não é digna de...]”
4. ...” Jesus disse a eles: “Minha esposa... [
5. ...ela  será capaz de se tornar um discípulo... [
6. Deixe os iníquos incharem... [
7. Quanto a mim, eu moro com ela de modo que... [
8. uma imagem [

Verso:
1. minha mã[e
2. três [
3. ... [
4. Diante do qual ...
5. traços de tinta ilegíveis
6. traços de tinta ilegíveis

Como o papiro faz parte da coleção particular de um anônimo, muito difícil avaliar se é ou não autêntico e qual a sua procedência. Evidências internas, porém, sugerem que a maior parte do texto é verdadeira, tendo sido produzida na Síria ou no Egito por volta do Século IV d.C. Como não temos nenhuma informação sobre quem escreveu o fragmento, ele foi nomeado como “Evangelho da Esposa de Jesus”, mesmo assim, nada no texto prova que Jesus tenha sido casado, como a própria Karen L. King reconheceu, afirmando, inclusive, que o autor não pode ter conhecido o Messias pessoalmente - o papiro foi escrito muito tardiamente e, ainda que seja uma cópia de uma redação anterior, o trabalho continua sendo recente demais para afirmar algo seguro sobre o verdadeiro fundador do cristianismo. Considere que não há nenhuma evidência para sustentar que ele seja uma cópia de um documento mais antigo.

Para o professor de egiptologia Leo Depuydt, da Universidade Brown, “O fragmento do papiro parece perfeito para um esquete do Monty Python [famoso grupo de comediantes britânicos]”, tratando-se de uma grande fraude. Para sustentar sua posição, ele apontou para erros gramaticais e para o estranho fato de o "minha esposa" parecer ter sido enfatizado em negrito, o que não é usado nos textos antigos em copta.

O jornal vaticano, “L’Osservatore Romano”, já desmentira o manuscrito em 2012. O professor italiano Alberto Camplani, especialista em língua copta e professor de História do Cristianismo na Universidade La Sapienza de Roma, desqualificou o papiro questionado a forma como ele foi encontrado: “ao contrário de outros papiros, não foi descoberto em uma escavação, mas provém de um mercado de antiguidades”. Camplani recomenda cuidado na sua análise. Segundo ele, há razões consistentes para pensar que o fragmento é apenas uma “trôpega falsificação, como tantas que chegam do Oriente Médio”.

Os resultados anunciados pela profa. King em 2012 deveriam se publicados em janeiro de 2013 na revista científica “Harvard Theological Review”, publicação adiada por reivindicação do periódico, que exigiu análises laboratoriais independentes e mais detalhadas que venham a comprovar a sua autenticidade. Segundo Hershel Shanks, da Sociedade de Arqueologia Bíblica, a retirada do achado da lista de publicações é vergonhosa e, segundo ele, a revista evitou a divulgação do material porque a base utilizada pela profa. King é fragmentária demais para sustentar a sua posição, que está mais para uma "suposição". Para Shanks, o papiro não fornece nada de novo, vindo a repetir a velha temática presente na já conhecida literatura apócrifa.

Para o prof. Francis Watson, da Universidade de Durham, o papiro “pode ser uma fraude moderna”, uma vez que o texto se parece muito com um evangelho apócrifo conhecido como “Evangelho de Tomé”. Outros especialistas não aceitam o achado como autêntico.
Fontes: "Falso papiro retoma ofensiva contra Jesus Cristo", aascj.org.br, 26/04/2014, baseado no "Ciência Confirma Igreja"; "Jesus tinha esposa ou a mídia é casamenteira?", Criacionismo.com.br, Rodrigo Silva, arqueólogo e teólogo, 20/10/2012.

Mais sobre Jesus ser casado pode ser visto no episódio sobre o tema do Programa Evidências, da TV Novo Tempo, apresentado por Rodrigo Silva, publicado no canal do Youtube no dia 15 de fevereiro de 2015, sob o título, "EVIDÊNCIAS - Jesus era casado?, 2013 - TVNovoTempo":
Conclusão:
Rejeitando as dezenas de milhares de manuscritos neotestamentários de antiguidade comprovada, certos escritores se enveredam em verdadeiros contos de fada e, afirmando-se céticos, acabam acreditando em grandes fantasias. Não se deixe levar pelos modismos sazonais que se levantam para questionar o Cristo, pois isso sempre aconteceu nos últimos séculos, mas o firme alicerce do Evangelho segue inabalável, comprovado pelos estudos mais sérios profundos.

Natanael Pedro Castoldi
Com a colaboração de Djonatan Küster

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