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O Credo Cristão de 36 d.C.

Uma das mais espetaculares conclusões do grupo mais influente de estudiosos com relação à época da redação do Novo Testamento reside na antiguidade do credo cristão identificado em 1 Coríntios 15:3-7, considerado o credo mais antigo da Igreja que, por ser enquadrado na primeira década depois da morte de Cristo, ameaça severamente os argumentos dos críticos de que Jesus é uma invenção posterior. Iniciemos com alguns fatos sobre a antiguidade do texto do NT para, depois, embarcarmos na questão de 1 Co 15:

1 - Evidências gerais:
- Os mais sofisticados estudos apontam para a autoria dos Evangelhos entre 50 e 90 d.C., com textos escritos, portanto, aproximadamente duas décadas depois dos eventos registrados - leia mais na seguinte postagem: Os Evangelhos - Autoria, Data e Confiabilidade.
- Há evidências que sugerem que certas epístolas do Novo Testamento tenham sido escritas a partir de 45 d.C. - leia mais sobre isso: Como o Novo Testamento foi Escrito?
- Foram encontrados possíveis fragmentos de cópias do Novo Testamento em Qumran, datando de 50-70 d.C. (A Idade dos Manuscritos da Bíblia).

2 - 1 Coríntios 15:
"Paulo (...) cita uma antiga tradição cristã que recebeu dos primeiros discípulos. Essa tradição provavelmente foi transmitida a ele o mais tardar na época de sua visita a Jerusalém, em 36 d.C. (Gl 1:18), se não antes, em Damasco. Portanto, ela remonta aos primeiros cinco anos posteriores à morte de Jesus, em 30 d.C." Fonte: Em Guarda, William Lane Craig, Vida Nova, 2011, pg 246.

Tal evidência sugere que, desde os primórdios, os cristãos acreditaram que Cristo: morreu, foi sepultado, ressuscitou e apareceu depois da morte. Paulo afirma isso e toma como base um conhecimento que vinha dos testemunhos oculares.

"Além disso, ao escrever 'lhes transmiti', Paulo permite-lhes lembrar que já lhes apresentara o testemunho anteriormente. Desse modo, embora lhes tenha escrito em, digamos, 56 d.C., Paulo deve ter-lhes verbalizado isso durante sua visita anterior a Corinto, provavelmente em 51 d.C. Isso também significa que Paulo deve tê-lo recebido antes de 51, o que indica que essa informação já estava disponível anteriormente." Fonte: Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu, Norman Geisler e Frank Turek, Vida, 2012, nota pg 248.

O pensamento de Craig Blomberg, Ph.D., uma das maiores autoridades norte-americanas no estudo dos Evangelhos, sobre 1 Coríntios 15:

"Essa é a questão (...). Se a crucificação ocorreu em 30 d.C., a conversão de Paulo se deu aproximadamente em 32. Ele foi então levado imediatamente para Damasco, onde se encontrou com um cristão chamado Ananias e alguns outros discípulos. Seu primeiro encontro com os apóstolos em Jerusalém teria ocorrido em 35 d.C. Em algum momento desse período, Paulo recebeu esse credo, que forma formulado pela igreja primitiva e era usado por ela. Temos aqui, portanto, os principais fatos sobre a morte de Jesus pelos nossos pecados, além de uma lista detalhada daqueles para quem ele apareceu ressuscitado - tudo isso se dá no intervalo de cinco anos depois dos eventos propriamente ditos! Não se trata de uma mitologia elaborada cerca de 40 anos ou mais depois, como pretende Armstrong."

A declaração de William Lane Craig, Ph.D., D.D., para Lee Strobel:
"Sabemos que Paulo escreveu 1 Coríntios entre 55 e 57 d.C. Em 1 Coríntios 15:1-4, ele diz que transmitira anteriormente o credo à igreja em Corinto, o que significa que ele deve ser anterior à sua estada ali, no ano de 51. Portanto, o credo estava em uso menos de 20 anos após a ressurreição de Jesus, que é uma data bem antiga. No entanto, posso concordar os vários estudiosos que o colocam ainda antes, entre dois e oito anos após a ressurreição de Jesus, ou seja, entre 32 e 38, sendo que Paulo o recebeu em Damasco ou em Jerusalém. Portanto, esse material é incrivelmente antigo, um testemunho dos primórdios, sem floreios, de que Jesus apareceu vivo a céticos como Paulo e Tiago, assim como a Pedro e aos demais discípulos."
Fonte: Em Defesa de Cristo, Lee Strobel, Vida, 2011, pgs 45 e 303.

"É muito significante ressaltar que a construção dessa passagem, em sua forma literária, destoa, de certo modo, do estilo paulino. De acordo com o Centro de Estudos Anglicanos, a proclamação da Páscoas, resumida em 1 Coríntios 15:3-8, é, geralmente, reconhecida pelos estudiosos como pré-paulina e, provavelmente, trata-se de uma tradição muito antiga. Esse seria o sentido da declaração: 'Entreguei o que também recebi'. Ou seja, uma tradição já utilizada pela Igreja primitiva, que Paulo, agora, fazia questão de relembrar aos seus destinatários.

A expressão pode ser considerada o 'credo mais antigo do cristianismo' (...), uma vez que foi pronunciada pouco tempo após a morte e ressurreição de Cristo." Fonte: Bíblia Apologética de Estudo, ICP, Edição Ampliada, 2011, pg 1313.

Natanael Pedro Castoldi

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