Uns meses atrás me deparei com o seguinte argumento: "Como Satanás pode ser considerado mau se ele julga as pessoas más?" Noutras oportunidades pude notar a quantidade de pessoas que crê que Satanás é o oposto de Deus no sentido de ser um "igual invertido": tão grande e poderoso quanto o Criador, embora desejoso de destruir, não construir, levando Deus a ter dificuldades de derrubá-lo e mandá-lo para o Inferno. Há também os que pensam que esse "Inimigo de Deus" tem no Inferno o seu reino, um bastião opositor do Céu. Será que alguma dessas visões sobre Satanás é crível? Como falamos de algo inerente ao pensamento teológico cristão, não me envolverei com abstrações filosóficas, mas apenas trabalharei com a pura mensagem bíblica. Boa leitura!
Resumo do que segue: 1 - "Satanás é bom, já que julga as pessoas más?"; Por quais motivos Satanás não "julga as pessoas" no sentido de fazê-las pagar pelos seus pecados?; Satanás não pune os "maus", ele os domina; Uma vez que Satanás ataca os justos, sua ação não é legítima; Quem é bom e quem é mau?; Só Deus pode julgar o pecado; O próprio Satanás vai ser julgado por Deus; 2 - "Satanás compete parelho com Deus?"; A origem de Lúcifer; Os limites de Satanás; O destino de Satanás; Deus é o Senhor de tudo; Por que Satanás ainda não foi destruído?; 3 - "Satanás é o rei do Inferno?"; Uma definição de Satanás.
Resumo do que segue: 1 - "Satanás é bom, já que julga as pessoas más?"; Por quais motivos Satanás não "julga as pessoas" no sentido de fazê-las pagar pelos seus pecados?; Satanás não pune os "maus", ele os domina; Uma vez que Satanás ataca os justos, sua ação não é legítima; Quem é bom e quem é mau?; Só Deus pode julgar o pecado; O próprio Satanás vai ser julgado por Deus; 2 - "Satanás compete parelho com Deus?"; A origem de Lúcifer; Os limites de Satanás; O destino de Satanás; Deus é o Senhor de tudo; Por que Satanás ainda não foi destruído?; 3 - "Satanás é o rei do Inferno?"; Uma definição de Satanás.
1 - "Satanás é bom, já que julga as pessoas más?"
É estranho como ouvi tal pergunta dos mesmos céticos que chamam Deus de mau porque julga as pessoas más, mas essa não é a questão - apenas observe como aqueles que negam a existência de Deus e, logo, do legislador moral do Universo, se apegam aos padrões morais que não possuem lógica dentro de sua cosmovisão para tentar destruir Deus e o cristianismo, que trazem as mais satisfatórias explicações sobre a origem da moralidade, levando o ataque anticristão a surtir o efeito contrário, já que sustenta a existência do Criador.
Ok, vamos lá: primeiramente, com base no que se afirma que "Satanás julga as pessoas más"? Satanás não pune ninguém por nada - isso é apenas o resultado de uma construção histórica embasada na tradição, comumente moldada pelo sincretismo entre o cristianismo e as diversas religiões pagãs ou distorcida, pelo menos nas vielas populares, por alguma famosa obra literária ou artística antiga que representa a visão particular do seu criador - a própria imagem de Satanás, com pés de carneiro, pele vermelha, rabo pontiagudo e crânio chifrudo é produto do convívio da mensagem bíblica com o mundo pagão. A Bíblia nunca descreve Satanás como um híbrido horrendo. No mais, o fato do Inimigo atacar as "pessoas más" não significa que ele as esteja julgando, antes indica apenas que o Opositor está aproveitando a oportunidade de arruinar a vida de alguém.
Por quais motivos Satanás não "julga as pessoas" no sentido de fazê-las pagar pelos seus pecados? Primeiramente, o ato de "julgar" no sentido direcionado pela pergunta aponta para o "aplicar da justiça" e, por consequência, descreve uma atitude nobre, boa, válida. A Bíblia não dá margem alguma para que Satanás seja considerado um "aplicador da justiça", porque ele mesmo é injusto, incapaz de julgar e não possui nenhum interesse em excercer tal função. Vide:
- Apocalipse 12:10 apresenta Lúcifer como o "acusador dos cristãos".
- 1 Pedro 5:8 considera Lúcifer o adversário dos seguidores de Cristo e o descreve como alguém sedento por atacar os indivíduos de caráter aprovado ou quem quer que se coloque em algum nível de exposição diante da sua presença - ele é oportunista e deseja destruir antes os justos do que os maus.
- João 8:44, Mateus 4:3 e 13:39 o descrevem, respectivamente, como mentiroso, homicida, tentador e inimigo, no qual nada de bom reside, colocando-o em uma condição de impossibilidade promover qualquer ato moral e espiritualmente nobre, apontando para o fato de que, quando alguém é atacado por Satanás, não se trata do exercício de uma iniciativa diabólica de julgar um ato pecaminoso, mas, sim, do aproveitar da oportunidade de destruir quem quer que seja, já que ele é, depois do próprio homem, o maior inimigo da humanidade, aquele que anseia pela aniquilação de tudo o que remete à Criação de Deus, que é "Muito Boa" - Zacarias 3:1 e 1 Tessalonicenses 2:18.
- João 10:10 deixa claro que toda a ação de Satanás está baseada no exclusivo direcionamento para o caos: seu interesse nunca é inibir o homem mau, fazendo encerrar sua vida de maldades ao julgá-lo, mas, sim, possuí-lo, intensificando as suas vilanias e encaminhando-o para a morte, uma vez que toda a motivação do Maligno está em "matar, roubar e destruir". O objetivo da atuação de Lúcifer, em resumo, é apenas aniquilar tudo o que representa a "Muito Boa" Criação de Deus.
Satanás não pune os "maus", ele os domina:
- Os ímpios são filhos de Satanás, não objeto de seu julgamento (Mateus 13:38; Atos 13:10; 1 João 3:10).
- Os ímpios são seguidores de Satanás, intencionalmente ou não (1 Timóteo 5:15).
- Ao cometerem vilanias, os ímpios suprem a vontade de Satanás, de modo que seu sofrimento não provém do juízo do Diabo por sobre suas vidas, mas do próprio ato de satisfazer os anseios do Opositor (João 8:44).
- Muitas das atitudes dos ímpios (não todas, para reforçar) provém da cegueira e do engano promovidos por Satanás e do cair em suas armadilhas, de modo que, sendo ele o estímulo para muitos dos tropeços, não pode haver justiça na opressão que ele excerce sobre os que caem (2 Coríntios 4:4; 2 Reis 22:21 e 22; Apocalipse 20:7 e 8; 1 Timóteo 3:7 e 2 Timóteo 2:26).*
- A Bíblia afirma que Satanás oprime os ímpios, não que os julga (1 Samuel 16:14).
- A Bíblia afirma que os ímpios serão castigos JUNTO com Satanás e não POR Satanás (Mateus 25:41).
* Mesmo que o Inimigo monte armadilhas e tente os homens, a culpa primeira pelo cair na tentação é do próprio ser humano, não de Lúcifer, uma vez que ele apenas apresenta o objeto de tentação, mas quem decide se aproximar e envolver-se com ele é o homem, em seu livre-arbítrio, em sua orientação intelectual, em seu exercício de soberania. Vide o relato da Queda em Gênesis 3.
Uma vez que Satanás ataca os justos, sua ação não é legítima:
- Os justos são imediatamente afligidos por ele quando Deus permite (Jó 1:12 e 2:4-7), o que indica o seu caráter destrutivo, destituíndo-o de toda a condição de "martelo da justiça".
- Ele tenta os justos, procurando a sua queda, para que possa devorá-los, deixando evidente o seu desejo de aniquilar os retos, não apenas os ímpios (1 Crônicas 21:1 e 1 Tessalonicenses 3:5).
- O fato de os seguidores de Cristo precisarem vigiar e se armar contra Lúcifer apenas reforça o seu desejo de destruir a todos, não somente aos ímpios (Efésios 6:11-16 e 2 Coríntios 2:11).
Quem é bom e quem é mau?
Aqueles que afirmam que "Satanás só ataca pessoas más" e que, por isso, é "bom", desconhecem a definição bíblica neotestamentária de "bondade e maldade". A verdade bíblica é que TODOS os seres humanos são maus desde o nascimento (Romanos 3:10 e 23), levando o critério de "Satanás atacar só os maus" a considerar possível o ataque Maligno contra todos os seres humanos descrentes em Cristo (como já vimos, esse critério está errado). Só há UM BOM, e Ele é Deus (Lucas 18:19), uma vez que diante da Santa Perfeição do Criador nada que naturalmente brota do ser humano pode ser considerado puro. A definição de "bom" aos olhos de Deus, na Bíblia, não está na prática de boas obras (Isaías 64:6*), uma vez que temos em mente o padrão divino - só Deus é "bom"! Sendo assim, só há uma maneira de o homem ser considerado bom: apenas com uma entrega declarada a Jesus Cristo, considerando-O como Senhor e Salvador, permitindo a Sua habitação no crente, a Sua substituição no juízo merecido e a Sua representação do crente diante do Pai, é que o indivíduo pode ser considerado bom diante do Criador - tal bondade não parte do humano, que nasce mau, mas passa a habitá-lo no momento da submissão a Deus, vindo diretamente do Altíssimo Criador, ou seja, apenas Deus no cristão pode fazer com que o cristão seja aceitável diante dEle.
* Isso não significa que o Pai reprove o comportamento moralmente correto, já que foi Ele mesmo quem definiu a moralidade.
Só Deus pode julgar o pecado:
- É só Deus que tem o poder de enviar pessoas para o Inferno. A verdade é que as pessoas têm o poder de decidir, mas quem concretiza tal busca do homem pela eternidade longe do Criador é o próprio e eterno Deus. Lucas 12:5.
- Deus é o Juiz (Lucas 18:2 e Salmos 50:6). Somente Ele julga o pecado humano (João 5:22; Salmos 9:8 e 82:8; 1 Coríntios 4:4 e 1 Pedro 1:17).
O próprio Satanás vai ser julgado por Deus:
- Em Mateus 25:41 somos informados que o Criador julgará tanto a humanidade quanto Satanás e os demais demônios no Inferno. É Deus quem julga os homens e os demônios em sua totalidade - o Inimigo não tem autoridade nenhuma sobre o destino de ninguém.
2 - "Satanás compete parelho com Deus?"
Como resultado da adoção de pensamentos religiosos asiáticos, como o zoroastrismo persa e as famosas filosofias orientais, como o Ying-Yang, que trabalham com o que conhecemos por "dualismo", no qual se crê que o Universo está dividido entre duas forças iguais e opostas, que trazem o equilíbrio necessário para a existência, o Bem e o Mal, muitos cristãos, a maioria por ignorância, crêem que Satanás é um igual oposto a Deus, com quem está competindo pelo domínio da Criação desde o início dos tempos, de modo parelho. Tal posicionamento, porém, não pode sobreviver ao mais elementar conhecimento bíblico, uma vez que a Bíblia afirma que Deus é o Criador de todas as coisas, de modo que Satanás, na posição de criatura, não pode ser equivalente, em poder, ao Eterno (João 1:3). Satanás, ao contrário de Deus, é limitado - vide as evidências bíblicas:
A origem de Lúcifer:
- O Inimigo, antes de sua rebelião, foi criado por Deus como um ser cheio de sabedoria e rico em formosura (Ezequiel 28:12). Ele era um querubim (Ezequiel 28:14).
- Num dado momento após a sua criação, como criatura dotada de personalidade e raciocínio, escolheu pela rebelião contra o Criador (Ezequiel 28:15 e 17). O orgulho sobre sua própria grandeza o levou a se afastar de Deus e, longe dEle, tornar-se tudo o que Ele não é, ou seja, terrivelmente vil.
Ezequiel 28 fala mesmo da Rebelião de Lúcifer? "Tal interpretação é reforçada à luz das suas extremas descrições (16-17) (...). A queda do rei de Tiro pode (...) refletir a queda de Adão, o prmeiro rei, bem como a queda de qualquer homem orgulhoso. Nesse sentido, alguém pode também ver a queda de Satanás, pois a queda de qualquer pessoa orgulhosa reflete a queda de Satanás, que, em pessoa, personifica o orgulho. Como Adão ou como Satanás antes da sua queda, o rei de Tiro pertence a Deus de uma forma singular e é a perfeita criação (...). Ele é destinado a executar os planos de Deus e é colocado no Éden (13), na presença de Deus. Diferente de Adão, que estava nu (Gn 2:25), o rei de Tiro está coberto com todas as pedras preciosas, para denotar suas belezas e glórias (...). Os vs. 14-15 são as evidências mais conclusivas de que esse texto, provavelmente, se refira à queda de Satanás. 'Tu eras querubim da guarda ungido' indica um alto cargo, com autoridade e responsabilidade para proteger e defender (cobrir) o 'monte santo de Deus', uma alusão ao trono de Deus. A importante ordem e a localização específica de Lúcifer antes da sua queda deram uma singular oportunidade para levar glória a Deus. (Alguns vêem no v. 13 uma referência musical que sugere que seu papel incluía liderar os corais celestiais na adoração do Altíssimo). Sua queda foi ocasionada por sua cobiça em ter essa glória para si mesmo (ver Is 14:12-17)." Fonte: Bíblia de Estudo Plenitude, Sociedade Bíblica co Brasil, 2002, pg 816.
Os limites de Satanás:
- Ele é incapaz de vencer qualquer conflito contra Deus (Êxodo 14:14).
- Ele é incapaz de conhecer os pensamentos do ser humano, ou, pelo menos, do cristão. Só Deus, que é onisciente, pode discernir os pensamentos (Salmos 139:23).
- Ele é incapaz de entender o que o cristão fala quando ora em línguas estranhas - só Deus o sabe (1 Coríntios 14:2).
- Ele é incapaz de derrotar o cristão que está devidamente trajado da "armadura de Deus" (1 Coríntios 15:57 e Efésios 6:11).
- Ele é incapaz de invalidar qualquer ponto da Palavra de Deus, que é a Espada do Espírito, a Palavra da Verdade e sobre ela repousa a honra pessoal do Criador (Efésios 6:17; 2 Timóteo 2:15 e Jeremias 1:12).
- Ele é incapaz de neutralizar a autoridade soberana do nome de Jesus (Marco 16:18).
- Ele é incapaz de impedir que Deus perdoe o pecado de uma pessoa que deposita sua confiança no sangue de Jesus (1 João 1:9).
O destino de Satanás:
- Ele será condenado no Julgamento (Judas 6 e Apocalipse 20:10).
- O Fogo Eterno está preparado para a ele (Mateus 25:41).
- Na verdade a sua derrota já foi devidamente considerada através da Vida, da Morte e da Ressurreição de Cristo (Gênesis 3:15; Mateus 4:11; Lucas 11:20-22 e 13:32; Mateus 10:1; Marcos 16:17; 1 João 3:8; Colossenses 2:15 e Hebreus 2:14).
Deus é o Senhor de tudo:
- Satanás teve que pedir permissão para Deus para atacar Jó (Jó 1:12).
- Os demônios têm medo de Deus (Tiago 2:19).
- Tudo o que existe está sob o domínio de Deus (1 Coríntios 10:26).
- Não existe nada que represente ameaça para Deus (Jeremias 32:17 e 27).
Em resumo: Deus é o Senhor de todas as coisas e pode aniquilar qualquer forma de existência em um piscar de olhos, se for da Sua vontade.
Por que Satanás ainda não foi destruído?
- A destruição de Lúcifer, já mencionada anteriormente, está devidamente marcada.
- Como já comentamos, Satanás é apenas um aproximador da tentação, não sendo o responsável direto pelo pecado humano. É o homem o principal repsonsável por ceder diante da tentação - ele escolhe cometer a iniquidade. Desse modo, a existência de Lúcifer não leva as pessoas para o Inferno, são as próprias pessoas que o fazem - ela é, na verdade, apenas uma intensificadora da tentação e, logo, uma opositora do Criador num mundo onde existe o que chamamos de "livre-arbítrio". Com o julgamento de toda a iniquidade devidamente marcado, seja humana, seja demoníaca, a presença de Satanás em nosso mundo atual, não sendo ele o maior responsável pelo pecado e pelo sofrimento humano, enquanto não pode ser negligenciada, jamais deve ser supervalorizada.
Entenda melhor sobre esse assunto na seguinte postagem: A Origem do Mal e A Simplicidade do Criatianismo - 2: Os 10 Mandamentos e Cristo.
3 - "Satanás é o rei do Inferno?"
Esse é outro problema herdado da tradição, em oposição aos ensinamentos bíblicos - originou-se das concepções gregas, egípcias e doutras culturas antigas sobre um reino dos mortos, onde uma divindade maligna domina e de onde emanam as forças do Mal. Mas Satanás não é o rei do Inferno! Na verdade ele ainda nem está nesse terrível lugar, que foi reservado para o seu futuro julgamento, como já comentado. É Deus quem tem autoridade sobre o Inferno! É Ele quem manda homens e demônios para lá - o sofrimento existente no Abismo não é promovido pelos demônios por sobre os homens, mas é inerente à própria natureza do lugar, descrito tanto como trevoso e aterrorizante (Mateus 13:42 e 25:30), quanto como um lugar tomado de labaredas trepidantes que, ao meu ver, apenas ilustram em figuras a horrenda constituição de um ambiente desprovido da presença e da glória de Deus, para onde irão aqueles que optaram por uma eternidade longe dEle. Mais sobre esse assunto você pode ler nas duas postagens sugeridas no parágrafo anterior.
Sobre o Inferno é bom ressaltar que a visão popularizada por Dante Alighieri em seu trabalho, assim como os demais aspectos do pensamento medieval sobre a questão, não possuem o devido respaldo bíblico. Deus não é sádico! A Bíblia não O mostra como o aterrorizante construtor do Inferno e arquiteto das mais macabras ferramentas de tortura, para atormentar propositalmente os homens pela eternidade. Não! A Bíblia apresenta um Deus amoroso que NÃO QUER CONDENAR A HUMANIDADE, mas que também não pode burlar o Seu próprio padrão de justiça e sobrepujar a soberania do homem por sobre as suas decisões - para o indivíduo que decidir pela eternidade longe de Deus haverá um lugar do qual Deus ocultou Sua face, um lugar que é tudo o que Deus não é, simplesmente porque Ele não está nele: caos, solidão, dor, trevas, agonia. Mas não sabemos o que espera pela humanidade no futuro, não sabemos aquilo que o Deus que quer a todos salvar tem reservado para o homem que, sobretudo, está nesse mundo para, presenciando as consequências do agir do Mal, desejar ardentemente por reaproximar-se do Criador. Sei que o objetivo de o homem estar no mundo ainda hoje não é meramente ser salvo ou julgado, mas, sim, sentir necessidade de Deus e clamar pela Sua presença - e eu entendo que esse supremo objetivo, que será concluído quando todo o joelho se dobrar diante do Criador, transcende as limitações da matéria, do hoje e do próprio Inferno. Romanos 14:11. Para além desse ponto não irei, já que o que sobra é especulação e está fora daquilo que o próprio Deus achou pertinente revelar.
Fontes: Enciclopédia Temática da Bíblia, SHEDD Publicações, 2008, pgs 338-339; Onde Encontrar na Bíblia?, Geziel Gomes, Central Gospel, 2013, pgs 303-304.
Uma definição de Satanás dA Bíblia de Estudo Anotada Expandida, nos comentários de Jó 1:7, Charles C. Ryrie, Mundo Cristão, 2007, pg 486:
"Esta passagem deixa claro que Satanás é uma pessoa, não uma simples influência maligna: 1) ele conversou com o Senhor, o que exige intelecto; 2) ele se mostrou hostil com Jó ([Jó 1] 9-11), o que significa que tem emoções; 3) ele se propôs a destruir Jó e desonrar o nome de Deus (1:11; 2:4-5, 7), demonstrando que possui vontade. No entando, as atividades de Satanás são limitadas pelo controle soberano de Deus (1:12; 2:6). Ao longo de toda a Bíblia, Satanás é apresentado com frequência tanto como uma pessoa real como um ser espiritual. Seu nome significa 'adversário', o que caracteriza de modo bastante apropriado sua natureza essencialmente contrária a Deus e a seu plano e seu povo. (...) Satanás tinha acesso à Terra e liberdade para circular nela. Ele ainda desfruta dessa liberdade e continuará a usufruí-la até ser preso durante mil anos (o Milênio, Ap 20:2) e, então, ser lançado para sempre no lado de fogo (Mt 25:41)."
Questões a serem aprofundadas:
- O resultado da desobediência: A Simplicidade do Cristianismo - 8: O Risco de Desobedecer
- Livre-Arbítrio: A Simplicidade do Cristianismo - 9: Deus e o Pleno Livre-Arbítrio
- O Juízo de Deus: A Simplicidade do Cristianismo - 10: A Lógica do Juízo de Deus
Natanael Pedro Castoldi
Obrigado pelo trabalho...
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