Existem dois tipos de pessoas que estão realmente perto do Deus apresentado na Bíblia: os cristãos e os ateus. Os primeiros estão perto, ou deveriam estar, no âmbito espiritual, psicológico e intelectual, sempre alimentando a necessidade de se relacionar com o Criador e conhecê-Lo, enquanto o segundo grupo preserva um relacionamento somente emotivo e intelectual: a militância ateísta está sempre pensando no Deus que a Bíblia apresenta, declarando-O como um inimigo pessoal e se armando contra Ele com alguns recursos emocionais e racionais. Eles ignoram a necessidade de um relacionamento com o Criador. Os dois lados se mantêm perto do Pai através de atributos psicológicos e intelectuais, um para atacar e outro desenvolver um relacionamento espiritual, que, por sua vez, é a única coisa que realmente diferencia os cristãos dos ateus. A questão da ligação espiritual com o Criador parece ser a chave da mudança, porque, enquanto temos cristãos e ateus profundamente intelectuais e envolvidos emocionalmente no relacionamento, de amizade ou inimizade, para com o Eterno, apenas os seguidores de Cristo nutrem uma ligação espiritual com Ele - seus atributos emocionais e intelectuais ganham sentido e força através do relacionamento espiritual. E é sobre isso que o texto que seguirá falará: quanto mais nos isolamos da natureza de determinado ser, menos o desejamos ou o conhecemos. O que realmente diferencia a postura de dois seres humanos que possuem espírito diante do Deus Espiritual é a existência ou não de uma ligação espiritual com Ele.
O texto que segue foi publicado nO Mirante no dia 12 de novembro de 2011, sob o título:
Distanciamento
Há uma tendência geral na espécie humana: conforme nos separamos, nos isolamos de uma realidade, de um conceito, de uma verdade, por mais óbvio que aquilo possa parecer, o desconsideramos, o descreditamos e substituímos, não por outra coisa mais coerente, pois nada pode ser mais coerente do que a Verdade, mas por algo que, então, se encontrará mais próximo, mais visível, mais palpável, mais "seguro". O conceito que vou tentar retratar nesse artigo, já que nesse exato momento nem eu mesmo o compreendo de fato, apostando, como de costume, que a clareza me venha conforme for refletindo enquanto digito, se desenrola acerca das grandes filosofias, ciências e teorias que estão minando a mente ocidental num afastamento cada vez maior da realidade do Deus cristão, caminhando para o ateísmo, islamismo ou, ainda, o neopaganismo xamânico. Talvez, depois que eu e você entendamos bem algumas das principais fontes para as origens do pensamento atual, consigamos compreender que a ideia que hoje impera não está no poder devido à sua coerência ou validade, mas o está pela vontade de uma elite que domina e como conseqüência do distanciamento de muitos dos ambientes tipicamente humanos, que enveredaram os passos de nossa humanidade até bem pouco tempo.
O estopim de meu pensamento sobre esse assunto se deu há alguns meses, quando escrevi "Ilusão", mas a reflexão parou por ali, servindo-me de modo suficiente até poucos dias atrás, quando o assunto em questão novamente aflorou em minha mente de forma intensificada. Breves momentos depois de ter comentado algo na minha página no site de relacionamento, Facebook, decidi que seria viável escrever um raciocínio aprofundado sobre a questão, que no dia tratei da seguinte forma, logicamente com tons de exagero e ironia: "Eu acredito em vida após a morte e também acredito em vida após a internet. Por isso, boa noite! Vou ler um livro. Observação: daqui a alguns anos as pessoas simplesmente irão duvidar que essa história de vida após a internet existe, assim como já o fazem com a ideia de vida após a morte." Por mais que o pensamento em questão tenha tido ares de insano exagero, numa sociedade em que as pessoas, por mais que possam, eventualmente, se encontrarem para conversar e tomar, quem sabe, um café, preferem trocar dígitos gélidos pela internet, perdendo, não duvido, sete horas por dia num vício irracional, na ilusão de construir centenas de amigos ao mesmo tempo, mas, na verdade, não alimentando boa amizade com ninguém; numa sociedade de, como já vivenciei, seres que perdem metade de um filme programado entre amigos para, em seus celulares, por mais de quinze vezes, terem de visitar seus perfis online e bisbilhotar a vida doutros ou, ainda, perderem essa tal metade do filme para avisar na internet que "o filme está muito bom", não pareço estar exagerando tanto. Esse, de fato, é um vício, primeiramente atrativo, mas, por detrás, terrivelmente mortal -como qualquer outro-, apto a destruir a vida emocional, afetiva, física e espiritual de qualquer um, que se isola e prende ao cibernético, distanciando-se de emoções genuínas, distanciando-se das pessoas e da transparência de bons relacionamentos, aniquilando o seu corpo que se deforma na frente das máquinas e não toma mais sol, estraçalhando o seu espírito, que se corrói junto com os olhos, numa espécie de idolatria ao virtual, ao "amigo online", à caricatura de ser humano, distanciando-se cada vez mais dO Perfeito, dO Criador. Para algo que há uma década era incomum, mas hoje já é uma extensão do corpo de alguns, parece-me que, não demorando muito, poucos irão conseguir imaginar "a vida após a internet" - e eu, aqui sentando, infelizmente faço parte desse grupo a sofrer, lentamente, com tal pandemia que se alastra, afim de promover grande genocídio nas culturas ocidentais.
O raciocínio empregado no meu pensamento anterior é muito simples: à medida que o homem se envereda e desbrava um novo caminho, logo esquece-se daquilo que outrora lhe era óbvio, que outrora compreendia muito bem, substituindo tal conhecimento por outro, que, na nova vereda, se apresenta de forma mais sólida. Os antigos acreditavam numa série de coisas que hoje, forçadamente, já caíram, ou estão caindo, no descrédito: a crença num universo criado por Deus era geral, a ideia de vida após a morte era inquestionável, a compreensão de que existem criaturas bizarras, demoníacas, era comum a todos. O argumento dos céticos de nossa sociedade rebelada e extremamente arrogante, que se acha no direito de julgar a verdade dos antigos, é que, por se tratarem de culturas atrasadas, rudimentares, extremamente inferiores ao que temos hoje, segundo a concepção destes, visões retrógradas, mergulhadas em mitologia, frutos da ignorância, eram mais comuns e, hoje, no apogeu do conhecimento, somos obrigados a abrir mão dessas questões insanas, é o que dizem. Pois eu não penso, nem de perto, assim. Existem três questões que temos que levar em conta para se compreender a malícia da mente de nossos contemporâneos ao fazerem tais alegações: principiemos nosso raciocínio analisando que, se os atuais sacerdotes do ateísmo estão trabalhando com a pura e derradeira verdade, inescapável de tão óbvia, por que precisam fraudar evidências, como o velho ramapithecus? Por que fazem questão de manter mentiras, como a ideia da recapitulação embrionária ou a Coluna Geológica? Por que creditam verdade antes da hora, para, logo, se emborracharem, como aconteceu com o darwinius masillae? Por que precisam ser tão desonestos para com as questões criacionistas, perseguindo cientistas criacionistas -biólogos, arqueólogos, paleontólogos, astrônomos, físicos, químicos, matemáticos...?! Ora, se a verdade deles é tão óbvia, por que parecem estar ofegantes à procura de vida fora da Terra, "como" se a vida aqui em nosso mundo "fosse" um enigma inexplicável?! Esse é o primeiro ponto: se é tudo tão óbvio e inescapável em prol do ateísmo, por que forçam, manipulam, censuram e perseguem, como se precisassem, urgentemente, de alguma evidência conclusiva para sua série de teorias insustentáveis?!
O outro ponto é muito simples: a existência de algo geralmente independe do estudo científico acerca dele, você não precisa conseguir explicar a razão de algo para acreditar que ele existe e, se você, tentando, não conseguir fazê-lo, não quer dizer que ele, existindo, deixará de existir, pois o teu conhecimento não é determinante para atribuir ou destituir a existência daquilo que é absoluto -e se, com base em estudos, algo for cientificamente viável, mas nunca fora presenciado, continuará inexistindo, pois a mera probabilidade significa muito pouco. Ora, com base na plena razão, tentando explicar como tudo funciona e atribuindo existência apenas ao que se explica é que a nossa sociedade tem conhecido o niilismo. Partido do ponto de que nada nesse Universo pode ser plenamente compreendido e explicado com base em nosso -pífio- conhecimento e exclusiva observância da matéria, descredita-se a existência e a certeza de tudo, atribuindo o nosso estado atual à uma ilusão, onde nada de fato é, nada de fato existe. Ora, isso é insano!! O que você pode observar e experimentar é absoluto, independente da tua compreensão dos mecanismos e do comportamento daquilo. Desde quando o homem passou a ter poder determinante sobre a Verdade? Vejamos: nós, seres humanos, somos um dos maiores mistérios desse Universo, pois nossa assombrosa constituição, que faz-nos absurdamente maiores do que qualquer outra criatura, não pode ser plenamente compreendida, explicada, e o existencialismo naturalista não está conseguido responder metade das nossas perguntas -e o que consegue responder, o faz de forma muito superficial e enigmática-, mas não é por isso que os seres humanos não existem, a falta de explicação sobre nós não é evidência de nossa inexistência, que é absoluta com base no simples fato de estarmos vivendo, construindo, pensando e nos relacionando. Você, além de ver a si mesmo, vê e toca inúmeros outros seres humanos, tornando óbvia a nossa existência, independendo do nosso conhecimento acerca dela. Com base nesse pensamento, posso, tranquilamente, atribuir as concepções dos antigos não à ignorância, mas à aceitação da Verdade inquestionável, observada e experimentada, independendo do conhecimento que conseguiam ter acerca dela. Por mais que não conseguissem explicar, conceber, as questões espirituais, relacionadas aos demônios, à vida após a morte, à Deus, eles veementemente acreditavam, não por ignorância, repito, mas por concordarem e tornarem inquestionável o que viam e sentiam. É como digo: uma experiência vivida vale muito mais do que mil teorias contrárias. Ora, eu já vi demônios, eu já sofri ataques espirituais noturnos, eu já vi exorcismos, também já fui curando instantaneamente de um princípio de depressão ou dor de cabeça no simples ato de orar - tais experiências são conclusivas demais! Posso não compreender exatamente como isso tudo funciona, mas o fato de ter vivenciado me é evidência inquestionável de que isso existe, independendo de meu conhecimento.
O terceiro ponto é um pouco mais fraco, mas parece-me útil dentro da questão aqui desenvolvida. Um dos problemas de nossa sociedade pós-moderna está na acepção de verdades antigas: nos assuntos relacionados à ciência, por serem mais voltados ao espiritual e mítico, os antigos são considerados como bestas estúpidas, mas, no que se refere à filosofia, política, arquitetura e arte, são tidos quase como semi-deuses. Ora, parece-me estranho pôr a filosofia grega da antiguidade clássica como fundamento inquestionável do pensamento filosófico atual, mas atribuir absurdo às crenças espirituais desse mesmo povo. Será que uma nação com um pensamento tão profundo e complexo acerca de determinadas questões conseguiria produzir, com base na ignorância, absurdos vergonhosos? Parece-me impossível. Da mesma forma como me parece complicadíssima a ideia de um povo ter erguido, há quase cinco mil anos, construções que até hoje não podem ser compreendidas devido à sua magnitude e complexidade e, ao mesmo tempo, ter aberto espaço tão amplo para a irracionalidade mitológica, como fora com os egípcios antigos. Não posso esquecer da arte greco-romana, que ainda hoje determina nosso teatro e cinema e é parâmetro de excelência em pintura e escultura, fazendo com que nossa humanidade, a "plena", se humilhe e aceite o fato de que hoje não se produz mais nada com o mesmo valor, beleza e complexidade do que nossos ancestrais produziam. Ora, povos tão avançados em tantas questões, poderiam, simplesmente, ter um aspecto tão sombrio e tosco, como lhes é atribuída a crença infantil no espiritual?! Eu prefiro crer que eles atribuíam verdade ao espiritual, não por ignorância, mas, como citado anteriormente, por verem e sentirem coisas que os obrigavam a acreditar.
Dos três pontos trabalhados acima, gostaria de valer-me, à partir de agora, do segundo. A ideia de que não existe aquilo que não se pode explicar é a mais comum atualmente e, também, é a que mais torna cega a nossa humanidade. É aqui que entra o que forma comentado no princípio da postagem: o distanciamento. As crenças dos antigos no espiritual eram muito mais drásticas do que a ideia que está predominando atualmente simplesmente porque o ambiente e a forma como viviam os faziam mergulhar nessas realidades. Como outrora citei na postagem "Ilusão", nosso mundo atual só consegue creditar no naturalismo ateísta porque abandonou largamente o ambiente natural, trocando-o por laboratórios frios e sintéticos, por letras gélidas e vazias. De fato, o ateísmo faz muito mais sentido quando seus argumentos são lidos, desenvolvidos em belos, complexos e filosóficos textos, do que quando é testado na apreciação de um riquíssimo bosque de primavera. O distanciamento do homem atual, que está abandonando violentamente o ambiente selvático e erguendo verdadeiras cordilheiras de concreto, onde passa a habitar frias cavernas nessas "montanhas" cinzentas e toda a vida que adentra na escuridão desses ambientes vêm de sinais de rádio, televisão e internet, reproduzindo-se por meio da eletricidade, parece-me um diferencial decisivo para a mudança de mentalidade dos nossos em relação aos passados. É claro que torna-se mais difícil crer num Deus Criador quando tudo o que está cercando os maiores pensadores ateus de nosso mundo são cidades inteiramente erguidas por seres humanos e não uma imensa floresta de coníferas, repleta de vida, de arte, de engenharia e poder, não feita por mãos humanas, mas baseada num sistema de informação nitidamente inserido nos determinados seres por intermédio dO Criador. Outro problema é que, quando, finalmente, esses seres urbanos adeptos do ateísmo decidem ir para o campo, para um ambiente rural, infelizmente não estão interessados em reconhecer a apelativa imagem do ambiente natural e constatar a existência de Deus, pois querem apenas relaxar, respirar um ar fresco, fugir da fuligem e do barulho ensurdecedor das metrópoles -na insanidade urbana conseguem pensar muito pouco e na serenidade preferem não pensar, pois estão cansados. Quanto mais daquilo que cerca o indivíduo é produto humano, mais ateu ele tende a ser, pois menos necessidade de Deus ele passa a perceber, o que, aliado a sua predisposição de ignorar O Criador e viver uma vida devassa, torna seu ateísmo mais gritante e sedutor - é por isso que os países mais desenvolvidos, mais urbanos, que mais devastaram o seu patrimônio natural, são, também, as nações com os maiores índices de ateísmo. Ora, o que de filosófico, o que de belo, de profundo e de divino há na cinzenta e turbulenta imagem de uma grande capital? Nada! Enquanto a serenidade e beleza de um ambiente que não foi, ou foi muito pouco, corrompido pela profana mão do homem, apresenta-se como total oposto, como a fotografia do santíssimo Criador.
É extremamente comum vermos pessoas ignorando a existência daquilo que os seus olhos não podem ver, daquilo que o seu coração não sente, daquilo que a sua mente ainda não experimentou, mas isso não significa que tais coisas não existem. O descrer na vida após a morte, que é uma idéia cada vez mais aceita em nossa sociedade, vem diretamente dessa realidade. O ser humano tornou-se mais um pedaço de carne, sem espírito, sem razão, o que torna a violência apresentada nos cinemas algo normal e, até mesmo, divertido. Ver homens mutilados, ver zumbis ou qualquer coisa do tipo, tornou-se parte do entretenimento, refletindo o pouquíssima seriedade com que nossos contemporâneos estão levando os assuntos acerca da morte, isso tudo dentro do contexto de crescente ateísmo. É muito simples compreender o porquê de a morte ter se tornado tão irrelevante e, de modo extremamente ignorante, apresentada, é muito simples entender de onde vem a grande descrença de uma segunda vida, após o fim desta: a morte real, não fictícia, está se tornando algo extremamente distante da nossa realidade, já que a longevidade está aumentando e a morte burocratizou-se. Antigamente as pessoas morriam antes e quando estavam em fase terminam, ficavam próximas à família, sendo acompanhadas por todos até o momento em que dessem o último suspiro e, depois disso, todo o processo seguia nas mãos dos familiares. Atualmente, assim que o indivíduo está para morrer, é isolado e padece das últimas chances de restauração, morrendo, geralmente, no isolamento, poupando os filhos e os netos da triste cena. Depois de morto ele logo vai parar nas mãos de uma funerária, que trabalha com o corpo e o prepara para o velório, que, depois de um dia, já está feito. O parco presenciar da verdadeira morte pela nossa sociedade inibe uma profunda reflexão acerca do assunto, quase não existe mais a apelativa imagem de um corpo sendo esvaziado de seu espírito, num último suspiro ou, ainda, de pessoas, segundos antes do fim, alegarem experiências extra-corpóreas, a visão de fortíssimas luzes, paz e serenidade, ou, ainda, no caso de alguns, a aparição de densas e dolorosas trevas. A idéia de que existe vida após a morte está morrendo junto com o distanciamento desse fenômeno geral numa humanidade caída, que é o morrer.
Juntamente com o morrer da ideia dO Criador e da vida após a morte, está a atribuição de mito e alucinação a todo o relato de aparição demoníaca, o que também se explica pelo distanciamento. É lógico que Satanás, numa sociedade cética, evita aparecer, pois lhe é mais vantajoso que as pessoas sejam condenadas pelo ateísmo do que, vendo-o, venham a crer em Deus. O ateísmo, motivado pelo naturalismo e descrença numa vida eterna, se estabelece com poder e basta ao Maligno alimentá-lo construindo uma atmosfera totalmente material entorno dos descrentes, para mantê-los aprisionados à sua percepção ateísta de mundo. O distanciamento de uma realidade espiritual, inibindo a ação demoníaca ou divina observável na vida do indivíduo, o leva a descrer por completo na realidade espiritual e ignorar, com base em sua própria experiência, toda a evidência contrária que constantemente se desenrola dentro das igrejas, terreiros, aldeias e culturas ligadas ao espiritual. É claro que num mundo totalmente sintético, cibernético, a realidade espiritual se esfriará em demasia, tornando-a improvável para a vítima desse estilo medíocre de vida.
"O distanciamento" é uma triste realidade de nossos dias, faz com que, enfurnados em casas e apartamentos, apenas apegados à frias letras, gravuras e fotografias, os indivíduos, manipulados desde o berço, ignorem a apelativa imagem de uma natureza criada por Deus ou de um monumento ancestral que venha a tornar inquestionável a superioridade do homem antigo, muito mais próximo de ser o fruto da mente dO Criador, que está arruinando-se lentamente, do que um fruto do caos, que está construindo-se gradativamente. "O distanciamento", o melhor argumento para o ateísmo. "O distanciamento", a forma de, ignorando a realidade abandonada, creditar verdade à insanas, mas mais palpáveis, mentiras. É fácil para as elites, encoleiradas por Satanás, guiarem a humanidade como gado, criando um cenário propício para que todos andem juntos nas veredas do distanciamento, tornando as verdades antigas em nebulosidade repulsiva e fazendo com que as mentiras presentes se façam macias e confortáveis pastagens. O homem não vê meio metro à frente de seus olhos e, inseguro, por não ter mais identidade e propósito, apega-se firmemente à qualquer coisa aparentemente sólida que se apresenta diante dele mediante um mundo lamacento - esquecendo-se de que todas as mentiras em que se apegar nesse mundo distante da verdade, tal perdida nas areias do tempo, tratam-se de palanques de argila seca ao sol, que, com o tempo e o contato com as águas lodosas, irão dissolver-se por completo, levando os desesperados que os consideraram paradeiros seguros, ao afogamento nas entranhas desse pântano. Esse é um poderoso mecanismo satânico em prol da morte da humanidade: quanto mais longe da Verdade libertadora e salvífica o homem estiver, mais dificilmente poderá encontrá-la, pois, num dado momento, já não restará nenhuma fração dela na cosmovisão deste e tal lhe parecerá mais loucura e insanidade do que a plenitude da razão.
Leitor, lembre-se disso: a Verdade existe e, também, existem dois mundos: um, o de nossos dias, que precisa minar-se de mentiras para manter-se, e o antigo, que, por mais que não se baseava em pleno conhecimento, aceitava com sinceridade a verdade inquestionável. No mundo dos antigos o rei, desde dois mil anos atrás, era o cristianismo, que hoje está morrendo, profeticamente. Você é quem escolhe: admitir que tudo o que se vê e experimenta, com base em honestidade, leva-o à Deus, ou ignorar essa realidade e apegar-se à ilusão de um mundo mergulhado em mentiras, censura e malícia. Distancie-se da opinião geral, daquilo que é mais privilegiado e aceito, pense por conta própria, não encaixe tua mente no pensamento de outro, observe e experimente por ti mesmo! Faça isso, afim de ter a verdadeira liberdade, que não se encontra no ser obrigado a dizer "sim" ao ateísmo porque todos o dizem, mas, também, conseguir dizer "não" sem ter vergonha de ser tachado de retrógrado, ignorante, irracional, bastando-te considerar que a fé cristã, após uma análise sóbria desse mundo, lhe é a ideia mais coerente e sóbria. Também não quero te pressionar a crer como eu creio, mas te desafio a, honestamente, com base numa real reflexão e estudo, procurar a Verdade que, pelo menos para mim, é, de modo a ser inquestionável, a fé cristã.
Natanael Pedro Castoldi, 2011
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Obrigado pelo trabalho
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