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A Fé e os Seus Benefícios Para a Sociedade

Tendo em mãos o livro Ciência e Fé em Harmonia, Prof. Felipe Aquino, Cléofas, 2012, e a edição de novembro de 2013 da Superinteressante (nº 325), Fé Faz Bem, Editora Abril, pretendo levantar alguns pontos sobre a história da medicina dentro da Igreja e sobre os aspectos positivos que a fé traz para a saúde. Quanto ao uso da Super, tenho minhas reservas, uma vez que é uma revista pseudo-científica bastante tendenciosa, mas tenho relativa segurança com o uso desse número específico, pois geralmente a Super é tendenciosa para a crítica da religião, especialmente o cristianismo, em favor do ateísmo e de uma espiritualidade mais "cientológica" - devemos considerar que as estatísticas abordadas no texto da edição de novembro foram coletadas em nações de maioria cristã, o que indica que os benefícios da fé referem-se, em grande parte, ao cristianismo. Na verdade esse volume da revista não me impressionou tanto, pois já venho percebendo uma mudança de perspectiva na mesma há algum tempo, com publicações que abordam, de modo bastante imparcial, coisas como o retorno de Deus ao mundo acadêmico. Se restar alguma desconfiança no leitor, associe os dados revelados no livro do Prof. Felipe Aquino com os da revista e verifique as próprias fontes que a Super usou. Certo, que siga o nosso estudo - tire as suas próprias conclusões.

- A Igreja e a História da Medicina:
Baseado no livro do Prof. Felipe Aquino que, por sua vez, baseou-se no testemunho de um doutor em Cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP, Dr. Roque Marcos Savioli, que também é Diretor da Unidade de Saúde Suplementar do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e autor dos livros: "Milagres que a Medicina não Contou", "Depressão: onde está Deus?" e "Curando Corações".

- A partir do Século IV, organizações religiosas ligadas à Igreja foram as pioneiras nas construção dos primeiros hospitais do ocidente com o objetivo de atender à população carente.
- Desse período em diante, os mosteiros e as ordens religiosas se tornaram as responsáveis pela formação e habilitação dos profissionais médicos, mantendo sempre seu perfil humanista. Nesses dias o médico e o religioso eram a mesma pessoa. Observação: a tradição populas portuguesa ainda traz a palavra "cura" como sinônimo de padre.
- O distanciamento entre a medicina e a religião começou especialmente com o advento da Revolução Francesa e da Reforma Protestante.
- Do Século XIX em diante, com o desenvolvimento da tecnologia e da ciência, a grande evolução do pensamento humano e o advento da medicina científica, religião e medicina se separaram totalmente, especialmente depois da publicação de Charles Darwin, "A Evolução das Espécies".
- No Século XX a figura mais proeminente dessa cisão foi o Pai da Psicanálise, Freud, que chegou a afirmar que religião é coisa de gente doente - ou a própria doença. Porém Carl Jung, seguidor de Freud, arriscou-se a confrontar as posições de seu mestre, afirmando que a busca de um bem estar espiritual era determinante para a manutenção da saúde mental.
- Da segunda metade do Século XX em diante, porém, o caminho para o reencontro da medicina com a religião pavimentou-se, isso depois do historicamente mais significativo progresso das ciências físicas, químicas e biológicas, assim como do desenvolvimento tecnológico. O interesse pelas ciências experimentais cresceu, enquanto se diminuiu o interesse pelas ciências humanas.
- Foram nos últimos anos do Século XX que, de fato, a medicina e a religião trocaram olhares mais amistosos. Nesse período vários centros mundiais de pequisas médicas começaram a demonstrar interesse em analisar os efeitos da espiritualidade e da religiosidade sobre a evolução das doenças.
- Cada vez mais está ficando provado cientificamente que a Religião influencia profundamente na saúde das pessoas, percepção que tem feito crescer bastante o número de pesquisas nesse campo. Muitos cursos de medicina associando Religião e Medicina estão surgindo no mundo todo - em 2002, 86 das 126 escolas de medicina dos EUA ofereceram cursos de espiritualidade e saúde. A Harvard Medical School oferece, desde 1995, o curso "Espiritualidade na medicina", para todos os profissionais de saúde dos EUA; a Duke University mantém um "Centro de Estudos de Religião e Espiritualidade e Saúde".
Fonte: Ciência e Fé em Harmonia, pgs 249-252.

- Os Benefícios da Fé:

a - Sobre a saúde:
- A grande maioria dos pacientes cardíacos usa a fé para lidar com a doença (pesquisa feita com 259 pacientes cardíacos): 99% deles acreditam em Deus, 66% oram todos os dias, 52% acreditam que religião traz benefícios pra a saúde, 90% usam a fé como conforto em momentos de doença e 31% gostariam que os médicos falassem mais sobre religião.
- Pessoas que consideram a sua saúde excelente: 25% são ateus e 40% são religiosos.
- As pessoas que participam de cultos religiosos pelo menos uma vez por semana têm 40% menos prevalência de hipertensão que aquelas que não seguem nenhuma religião.
- Pessoas que acreditam em Deus tem 3 vezes mais chance de sobreviver após um transplante de fígado.
- Pessoas que frequentam cultos religiosos toda a semana têm uma expectativa de vida 7 maior.
- Uma vasta pesquisa, publicada em 2009, que revisou 42 estudos sobre o papel da espiritualidade na saúde, que envolveram 126 mil pessoas, apontou que quem frequenta cultos religiosos pelo menos uma vez por semana tem 29% mais chances de aumentar seus anos de vida com relação aos que não frequentam. Acontece que pessoas religiosas apresentam, em geral, um maior comprometimento com a própria saúde (vão mais ao dentista, tomam direito os remédios prescritos e bebem e fumam menos). Essa mesma pesquisa confirmou os dados de um estudo populacional feito em 2001 pelo Centro Nacional de Adição e Abuso de Drogas nos EUA: adultos que não têm a religião como algo importante em suas vidas consomem muito mais álcool e drogas do que os que acham dos credos relevantes. Na Super é feita a comparação com a realidade dos Simpsons: Homer, pouco religioso, bebe e come demais, ostentando um físico indesejável, enquanto seu vizinho, Ned Flanders, profundamente religioso, é mais regrado e possui uma saúde muito melhor.
Fonte: Super 325, pgs 42-43.
- Uma pesquisa realizada com seis pessoas religiosas e seis pessoas não religiosas, usando o PET scan (tomografia computadorizada com emissão de pósitrons), antes e após três diferentes leituras: 1 - a recitação de Salmos 22 e 23; 2 - de uma rima infantil e, 3 - de uma leitura inespecífica (páginas de lista telefônica). As imagens PET mostraram uma ativação significativa de um circuito cerebral frontal parietal das áreas dorso lateral pré-frontal, dorso medial-frontal e medial-parietal da córtex dos religiosos durante a leitura do Salmo. É provável que essas áreas estejam conectadas com área cerebrais responsáveis pela imunidade do organismo humano. (Azari, N.P and cols - Neural correlates of religion experience. European Journal os Neuroscience - april - 2001).
Os dados que seguem foram divulgados pelo Dr. Roque Savioli durante uma aula proferida na TV Canção Nova, no dia 30/09/2004, no programa Escola da Fé:
- Sobre os pacientes americanos: 95% dos americanos acreditam em Deus; 77% gostariam que seu médico falasse em Deus durante as consultas; 73% acham que os médicos deveriam compartilhar suas crenças com os pacientes.
- Sobre os médicos americanos: 64 a 95% acreditam em Deus; 77% acham que seus pacientes deveriam partilhar suas crenças com eles; 96% admitem que o bem-estar espiritual é importante para a saúde. 
- Fé e mortalidade: um estudo de 28 anos, com 5286 adultos com idades entre 21-61 anos, mostrou que nos praticantes de religião havia 23% menos mortalidade do que nos não praticantes (Strawbridge, W. J. Am. J. Public Health, 87: 957, 1997). Repete-se a afirmação da Super sobre a análise de 42 estudos que envolveram 126 mil pessoas, onde se constatou que religiosos tem 29% de possibilidade de viver mais tempo que os não religiosos.
- Hipertensão arterial: Koenig, H.G e Cols, estudando 3963 pessoas, notaram que aqueles que praticavam religião (no caso ir para a missa mais de uma vez por semana) tinha menor incidência de hipertensão arterial . (Int. J.Psychiatriy Med,24:122-1998). Da análise de 16 estudos recentes, 14 demonstraram que o envolvimento religioso estava associado a níveis menores de pressão arterial diastólica.
- Doenças cardiovasculares: um estudo de 23 anos envolvendo 10.059 casos, revelou que judeus ortodoxos tem risco coronário 20% menor que os não religiosos (Cardiology, 82: 100,1993). Na análise de 16 estudos recentes, 12 mostraram que o envolvimento religioso estava associado a menor incidência de doenças cardiovasculares ou mortalidade cardiovascular.
Fonte: Ciência e Fé, pgs 251-252 e 254.

b - Sobre a felicidade:
- Enquanto 26% dos céticos disseram estar muito felizes em uma pesquisa com 3.014 americanos, 43% dos religiosos se consideraram muito felizes.
- Pessoas religiosas são 2 vezes mais propensas a se declarar "muito felizes" do que aquelas que não cultivam a espiritualidade.
- Indivíduos com fé têm, em média, 3 vezes mais chances de ver o "lado bom das coisas".
- Entre as mulheres pós-menopausa, as que frequentam templos religiosos são 56% mais propensas a nutrir uma visão otimista da vida. 
Fonte: Super 325, pg 47. Abaixo, a continuação do relato do Dr. Saviole no Escola da Fé:
- Está comprovado que o envolvimento religioso é fator de prevenção contra a depressão em adultos com câncer (Musick, MA; Koenig, H.G.; Hays, J.C.; Cohen, H. J-J Gerontol., 53, 1998). Ao se analisar 177 portadores de depressão durante um ano, observou-se que a assiduidade religiosa estava associada não comente a menor risco de início de quadro depressivo, mas também à recorrência das crises. Em outros 29 estudos recentes sobre o tema, 24 mostraram que o envolvimento religioso reduz os sintomas depressivos e previne crises. Dr. Savioli afirma: "Em minha experiência pessoal, analisando grupos de cristãos e não cristãos, submetidos a cirurgia cardíaca e após o infarto no miocárdio, tenho observado menor incidência de depressão nos primeiros."
- Em 144 pacientes com diagnósticos recentes de vários tipos de câncer, níveis maiores de espiritualidade estavam correlacionados a menores índices de ansiedade (Kaczorowschi, JM. Hosp. J.: 5,1985). Em 70 estudos prospectivos e cruzados foi encontrada uma relação íntima entre o envolvimento religioso e uma menor ansiedade ou medo.
- Em 106 portadores de AIDS notou-se a associação entre religiosidade, menores índices de depressão e aumento do estado imunológico (Woods, T. E. and cols. Journal of Psychosomatic Research, 46:165-1999).
- Em 1972 um estudo amplo descobriu que as pessoas que não frequentavam igrejas tinham quatro vezes mais probabilidade de cometer suicídio que os participantes frequentes.Um exame de doze estudos sobre o tema encontrou uma correlação negativa entre o compromisso religioso e o suicídio em todos os casos.
- Vários estudos descobriram que altos índices de compromisso religioso encontram-se relacionados a níveis mais baixos de depressão, de estresse e maior aptidão para lidar com o estresse. Os religiosos apresentam uma recuperação de cirurgia mais rápida que os ateus e agnósticos.
- Um estudo de 1978 descobriu que o comparecimento à igreja previa maior satisfação matrimonial. Casais em matrimônio de longa duração, que passaram por essa pesquisa e outros estudos, afirmaram que a religião foi importante para um casamento feliz. Segundo uma vasta pesquisa pela pela revista Redbook nos anos 70, "várias mulheres religiosas relataram uma maior felicidade e satisfação com o sexo matrimonial do que as mulheres de prática religiosa moderada ou sem prática religiosa."
- Aqueles que professam uma fé de moco mais sólido relatam maior felicidade no âmbito geral, são mais satisfeitos com a vida. Uma pesquisa do Instituto Gallup constatou que "os entrevistados com sólido compromisso religioso concordavam duas vezes mais em que 'Minha fé religiosa é a influência mais importante em minha vida' do que aqueles com um mínimo de compromisso espiritual, para descreverem a si mesmos como 'muito felizes'".
Fonte: Ciência e Fé, pgs 252-256.
- Os religiosos têm 47% menos chances de cometer suicídio do que aqueles que não seguem nenhuma religião.
Fonte: Super 325, pg 49.

c - Sobre uma vida segura:
- Adultos que não acham a religião importante consomem 50% mais álcool, têm 3 vezes mais bebedeiras e usam de 4 a 6 vezes mais drogas ilícitas.
- Crentes têm 85% menos chances de se tornar fumantes do que ateus.
- 61% dos religiosos come frutas e vegetais quatro vezes por semana, enquanto 55% dos indivíduos sem religião o fazem.
Fonte: Super 325, pg 49.
- Um levantamento com cerca de 14.000 jovens descobriu uma diminuição do vício em drogas quando há compromisso religioso - quanto mais conservadores são os jovens, menos envolvimento com drogas há. A religião se revelou como a melhor forma de coibir os padrões de vício.
- Diversos estudos descobriram que o alcoolismo é muito maior entre aqueles com pouco ou nenhum compromisso religioso - um deles descobriu que 90% dos alcoólatras perderam o interesse pela religião em sua juventude.
Fonte: Ciência e Fé, pg 255.

d - Sobre as relações sociais e financeiras:
- Quem considera o casamento sagrado é 42% mais feliz.
- Religiosos são 2 a 3 vezes mais propensos a participar da vida pública.
- A renda mensal de família religiosas é maior. Ganham mais de US$ 100 mil por ano: 46% dos judeus, 43% dos hindus, 22% dos budistas, 19% dos católicos e 18% do total da população.
- Quem crê em Deus, ou algo divino, tende a fazer 2 vezes mais doações em dinheiro.
- Quem congrega em templos religiosos faz 2,5 vezes mais trabalhos voluntários do que aqueles que não congregam.
Fonte: Super 325, pg 45.
- Muitos estudos encontraram uma sólida correlação que mostra a diminuição do divórcio quando o casal frequenta a igreja.
Fonte: Ciência e Fé, pg 256.
- Segundo uma pesquisa da Social Capital Community Benchmark Survey (SCCBS), promovida em 200 pelos pesquisadores do Roper Center for Public Opinion Research, a participação em cerimônias religiosas é, de longe, o indicador mais significativo para saber se o indivíduo pratica a caridade. De acordo com a Gallup Organization, indivíduos praticantes (assíduos) de alguma religião (só 38% dos norte-americanos) doam mais de dois terços do total de 280 bilhões de dólares que é doado anualmente nos Estados Unidos - ou seja, 184 bilhões. As fundações doam 25 bilhões e as corporações norte-americanas outros nove bilhões. Entre aqueles que frequentam cerimônias religiosas regularmente, 92% dos protestantes fazem caridade, 91% dos católicos, 91% dos judeus e 89% de outras religiões. A crença religiosa é mais importante do que a ideologia política, segundo esse estudo. A SCCBS também descobriu que os liberais religiosos são 19% mais passíveis de fazer doações à caridade do que os laicos liberais, enquanto os conservadores religiosos têm 28% mais probabilidade de doarem que os laicos conservadores.
Fonte: Uma História Politicamente Incorreta da Bíblia, Robert J. Hutchinson, Agir, 2012, pgs 99-100.

Da mesma forma que os primeiros cristãos da História da Igreja se negavam a participar do exército romano e também evitavam muitos dos costumes pagãos, como as orgias, bebedeiras e os espetáculos de violência, promovendo assim grandes mudanças sociais, como o fim das lutas de gladiadores e de outras práticas nocivas para a vida, como o aborto e outras formas de infanticídio, os cristãos hoje (incluídos em todas as pesquisas citadas anteriormente) também se negam a desenvolver determinadas práticas comuns nos ambientes seculares porque se vêem como detentores de um padrão moral bastante sólido e suficiente para proteger a sociedade, ajudando a construir um mundo mais justo e agradável - e, de fato, esses cristãos constroem esse dito mundo. Tal perspectiva, assim como no início da Era Cristã, traz diversos benefícios sociais: imagine quantas pessoas que não são cristãs são poupadas no trânsito pelo fato de que cristãos bebem menos, de modo que dificilmente dirigem embriagados? Imagine quantas mulheres deixam de ser agredidas porque seus homens se tornaram cristãos e, portanto, dificilmente chegam em casa bêbados? Pense em quantas doenças psicológicas são poupadas com a consideração do casamento como algo sagrado, o que evita traições e divórcios. Pense na quantidade de doações que os cristãos fazem, em prol das pessoas mais necessitadas. Pense em como até os ateus que vivem em sociedades de maioria religiosa se afetam com os mais altos níveis de felicidade que emanam dos lares cristãos... apenas pense. Não preciso reforçar nada além do que já está dito, o texto fala por si mesmo. O homem realmente possui um espírito e a necessidade mais do que espiritual de ligar-se ao Divino.

Natanael Pedro Castoldi

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