Na verdade, não se trata "do" diferencial do cristianismo, mas de "um dos" vários diferenciais que tornam a Boa Nova única. A maioria da absoluta das religiões prega a suficiência do ser humano em encontrar a própria salvação, a Plenitude; a maioria absoluta das religiões se baseia em questões de impossível comprovação; boa parte das religiões possui, em seus livros sagrados, histórias que misturam lenda e fato e, não raramente, apresentam seus fundamentos num passado mais do que remoto, simplesmente inatingível, explicitamente localizado mais no universo da fantasia do que da realidade. Será que existe alguma religião digna de confiança?
Quem garante que o único autor de um livro sagrado e fundador de uma religião, que afirma ter recebido os escritos diretamente das mãos angelicais, sem nenhuma testemunha, de fato passou por tais experiências? Quem garante a veracidade de um texto produzido por uma só pessoa? Quem garante que determinada filosofia, puramente imaginativa, realmente leve ao Paraíso? Há alguma comprovação visível, verificável das alegações em questão? Alguém que alcançou a Plenitude pôde voltar para repassar as informações? Quem garante que o "espírito do ente querido" não seja mais uma alucinação? Fruto do frenesi ou da manipulação mental que um ambiente constituído do formato, das cores, dos cheiros, dos sons e das companhias propícias para enganar a mente é capaz de produzir? Ou, melhor, quem garante que, dentre "espíritos malignos e benignos", o "ente querido" ou o "mensageiro" não seja um dos "malignos"? Alguém foi passear o Mundo Espiritual ou no Mundo dos Mortos e voltou pra informar? E se esse alguém diz que foi, quem me garante que ele fala a verdade? Quem me garante que não foi só uma ilusão, um delírio? A maioria absoluta das religiões sobrevive com base em pura especulação, não havendo absolutamente nenhuma garantia creditável de veracidade - nada mais do que fé cega, do que pura força de vontade de crer, do que estímulo emocional, enganação mental ou espiritual. A maioria das religiões é nada mais do que pensamento, emoção, forma, cor, som e cheiro. Pode procurar: na essência, nenhuma delas possui nenhum tipo de confirmação concreta de que prega verdades inquestionáveis. Nenhuma! São nada mais do que pequenas relíquias que, segundo tradições, vieram de um desconhecido lugar ou de alguém desaparecido; apenas fábulas orais, alteradas com o passar o tempo; quem sabe pouco mais do que textos confusos que falam de um mundo que não existe; ou apenas experiências momentâneas, de caráter questionável, iniciadas e interrompidas subitamente; talvez, ainda, forçadas interpretações e deturpações de determinadas verdades. É, nada muito empolgante... Onde encontrar algo realmente coerente? Dentre todas as religiões, existe uma que, de fato, assenta-se em verdades históricas da mais alta credibilidade, tendo sido fundada por uma maravilhosa pessoa que inquestionavelmente existiu, isso num momento histórico no qual pôde ter sido registrada desde a sua origem por várias pessoas, testemunhada por milhares e disseminada entre milhões. Mas há, ainda, mais um diferencial:
"A religião cristã tem um fundador histórico: Jesus de Nazaré. Os cristãos reconhecem-lhe prerrogativas e uma identidade divinas, distinguindo o cristianismo do judaísmo e do islamismo. Afirmam que, em Jesus, Deus se fez homem. Por isso sua pessoa aparece tão vinculada a Deus, que representa não só seu anúncio e sua revelação, mas sua própria encarnação na humanidade. Com seu nascimento em Belém, na Palestina, inicia-se uma nova era, a era cristã, em professada ligação e continuidade com a religião mosaica." Religiões, Crenças e Crendices, 4ª Edição, Urbano Zilles, ediPUCRS, pg 86.
Certo: na maioria das religiões os grandes profetas ou fundadores foram homens encarregados pela divindade de transmitir ao mundo a sua mensagem - homens comuns, alguns supostamente atingindo a divindade apenas depois de todo o ministério. O cristianismo é diferente: nele o próprio Deus é que vem ao mundo para testemunhar de Si mesmo. No que acreditar? É aqui que entra o fator decisivo para a credibilidade cristã: nas outras religiões não há eventos sobrenaturais registrados como documentos históricos e vislumbrados por um bom número de testemunhas; não há eventos que definitiva, súbita e diretamente influenciaram a história e, daqueles eventos incomuns que podem ser analisados, a maioria repetiu-se ao longo dos séculos com outras pessoas - não são exclusivos e espetaculares o suficiente para sustentar uma divindade ou um grande profeta. Precisamos de algo testemunhado, bem registrado, exclusivo. A Ressurreição de Cristo é o diferencial máximo: foi registrada em escrito pouco tempo depois de ocorrida, o Cristo Ressurreto foi avistado simultaneamente por cerca de 500 pessoas, a Ressurreição como se deu em Cristo nunca mais se repetiu na História e os discípulos foram nitidamente transformados por ela, indo de uma condição de medo para uma temerária ousadia, de modo que, sem ela, o cristianismo não teria se expandido da forma como vemos - talvez até tivesse morrido. Através da Ressurreição vemos que Cristo é, de fato, Deus! Vemos que a única religião que prega um Deus que vem ao mundo para morrer pela humanidade é, de fato, a verdadeira. O que mais podemos dizer? Que, diferentemente dos outros livros sagrados, a Bíblia foi escrita por dezenas de pessoas; que, diferentemente das outras religiões, o cristianismo afirma que o homem é incapaz de salvar-se a si mesmo; que diferentemente das outras religiões, o cristianismo não se assenta somente em ideias, pensamentos e filosofias distantes de qualquer comprovação; que diferentemente de todas as outras religiões, o cristianismo não se resume a pensamento, cor, forma, cheiro e som, mas, sim, no relacionamento real com uma pessoa real, em qualquer lugar, a qualquer hora e de qualquer forma - com o devido respeito, é claro. Ser cristão é, simplesmente, aceitar o evento histórico inquestionável que foi a Ressurreição, juntamente com as suas implicações: Jesus Cristo é Deus e, como Deus, tudo o que disse é digno de total credibilidade - ora, os discípulos, que morreram por causa de Jesus, não mentiriam nos relatos escritos sobre Ele por vários motivos: não morreriam por uma mentira, quando escreverem ainda viviam milhares de testemunhas oculares de Cristo e, naquela época, as pessoas respeitavam aquilo que consideravam divino de tal modo que é quase impossível crer que os autores do Novo Testamento brincariam com Deus registrando uma farsa (se os discípulos morreram por Cristo é porque tanto afirmavam quanto de fato acreditavam que Ele é Deus e, acreditando nisso, não arriscariam afrontá-Lo com mentiras, até porque as demais testemunhas oculares da época descobririam a armação).
Várias religiões levam a pessoa a ter experiências espirituais marcantes? O cristianismo também. Muitas religiões são muito antigas e tradicionais? O cristianismo também, ainda mais porque nasceu do judaísmo. Muitas religiões possuem vários fiéis? O cristianismo é a maior de todas. Muitas religiões transformam vidas? Através de Cristo, drogados são libertos, doentes são curados, depressivos se alegram, os perdidos encontram sentido. Muitas religiões possuem comprovação profética? Nenhuma mais que o cristianismo. Muitas religiões influenciaram no conhecimento humano? Nenhuma mais do que o cristianismo. Muitas religiões ajudaram a construir o mundo civilizado? Nenhuma mais que o cristianismo! Muitas religiões possuem heróis louváveis? Ninguém mais que Cristo! Nenhuma religião é maior do que o cristianismo que, além de seus fundamentos históricos inquestionáveis, apresenta-se equivalente ou maior na maioria dos pontos positivos de todas as outras religiões - isso sem contar com a sua coerência teológica e filosófica.
Natanael Pedro Castoldi
Sobre a Ressurreição, leia:
Sobre Cristo, leia:
Obrigado pelo trabalho
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