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O "Túmulo de Jesus" Realmente Foi Encontrado?

Eis uma das maiores polêmicas envolvendo a pessoa de Cristo nos últimos anos: o suposto achado do "Túmulo de Jesus". Tal descoberta foi divulgada para o mundo em 2007, pelo canal pago Discovery Channel, declarando que o sepulcro de Cristo foi desenterrado em Talpiot, Jerusalém. De imediato os eufóricos críticos das Escrituras utilizaram a notícia como arma para minar o pilar central da fé cristã, que é a ressurreição de Cristo. Sempre é mais fácil basear-se em documentários sensacionalistas, no caso "O Sepulcro Perdido de Jesus", produzido por Simcha Jacobovici e James Cameron, do que no exaustivo acompanhamento dos mais confiáveis estudos acerca de arqueologia bíblica. A verdade, é que uma análise mais atenta da questão impossibilita o seu uso como argumento anticristão.

O documentário partiu de escavações iniciadas na década de 1980, em Talpiot, Jerusalém, onde foram encontrados dez ossuários do Primeiro Século. Segundo o historiador Rahmani, trata-se de um catálogo de ossuários judaicos, dentre os quais aparecem nomes como Jesus, Maria, Mateus e José - nomes extremamente comuns na época. Segundo ele, dos cerca de mil ossuários conhecidos dessa época, em Jerusalém, 25% dos nomes femininos são "Maria" - e suas variantes - e o nome masculino mais conhecido é "José". "Jesus" aparece oitenta vezes e há vários "Jesus, filho de José". O mais interessante é que a maioria dos especialistas que lida com o caso é de orientação judaica, não cristã, e, ainda assim, nenhum historiador credenciado afirmou ter encontrado o "verdadeiro túmulo de Jesus". Para o teólogo espanhol, Xavier Picaza, caso o "Túmulo de Jesus" seja verdadeiro, Ele deveria ser um "burguês" de família "burguesa", considerando o requinte da sepultura, coisa que não combina em nada com aquilo que sabemos sobre a Sua vida.

O paleontologista Charles Pelegrino, que analisou o material pessoalmente, declarou que não existe material ósseo ou qualquer assinatura biológica - rastro que geralmente fica depois de decomposta a ossada - no "Sepulcro de Cristo". Estranhamente, os "ossos de Jesus" foram "removidos" do local - ou sequer um dia existiram.

Desde sua origem, com a própria Ressurreição de Cristo, a fé cristã gira entorno desse evento. Não há nenhuma evidência de que, nalgum momento inicial, os cristãos não tivessem a Ressurreição como centro de sua fé. Segundo N. T. Wright, no livro "A Ressurreição como Problema Histórico" (originalmente publicado no Sewanee Theological Rewiew, pgs 41-42, 1998), "O Cristianismo começou como um movimento de ressurreição... não há evidência de uma forma de Cristianismo primitivo na qual a ressurreição não fosse a crença central, como se fosse acrescentada ao Cristianismo à força. A ressurreição era a força motora central, dando forma ao movimento inteiro."
Fonte: Revista Mistérios da História, Tudo Sobre o Sepulcro de Jesus, reedição, ano 2, nº 1, 2013, Alto Astral, pgs 18-23.

Natanael Pedro Castoldi

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