-> Apresentação e Índice
No anseio por tirar a credibilidade do Novo Testamento, muitos críticos afirmam que os Evangelhos foram redigidos apenas muitas gerações depois dos eventos que registram, apresentando, assim, relatos deturpados, com acréscimos míticos resultantes do tempo. Muitas evidências arqueológicas e literárias já evidenciaram a redação de todo o Novo Testamento ainda no Século Primeiro, mas nenhuma delas pode ser considerada mais poderosa do que o recente achado: um fragmento do Evangelho de Marcos, escrito entre 80 e 90 d.C., foi encontrado numa máscara de múmia, no Egito. Essa espetacular notícia se espalhou rapidamente, alvoroçando a todos, uns ouriçados e outros exultantes. Estamos cada vez mais perto de encontrar a pena dos apóstolos - mesmo que isso possa ser impossível, nunca antes se chegou tão perto da redação original de algum documento neotestamentário.
No anseio por tirar a credibilidade do Novo Testamento, muitos críticos afirmam que os Evangelhos foram redigidos apenas muitas gerações depois dos eventos que registram, apresentando, assim, relatos deturpados, com acréscimos míticos resultantes do tempo. Muitas evidências arqueológicas e literárias já evidenciaram a redação de todo o Novo Testamento ainda no Século Primeiro, mas nenhuma delas pode ser considerada mais poderosa do que o recente achado: um fragmento do Evangelho de Marcos, escrito entre 80 e 90 d.C., foi encontrado numa máscara de múmia, no Egito. Essa espetacular notícia se espalhou rapidamente, alvoroçando a todos, uns ouriçados e outros exultantes. Estamos cada vez mais perto de encontrar a pena dos apóstolos - mesmo que isso possa ser impossível, nunca antes se chegou tão perto da redação original de algum documento neotestamentário.
As famílias egípcias que não tinham condições de produzir uma máscara de qualidade para os seus mortos, costumavam confeccioná-las através da reutilização de papiro e linho, acabando por preservar pequenas porções de textos antiquíssimos. É sobre textos assim que atualmente uma equipe de mais de 30 cientistas tem se debruçado, sendo Craig Evans o mais conhecido dos envolvidos. Evans é professor de Novo Testamento e diretor do programa de graduação no Acadia Divinity College, em Wolfville, Nova Scotia. Ele também foi consultor do The Gospel of Judas, da National Geografic Society, e depõe como perito em documentários da BBC, do Discovery Channel e do History Channel.
Dentre os textos extraídos das máscaras de múmia, o mais impressionante foi um fragmento do Evangelho de Marcos, sendo considerado o manuscrito mais antigo do Novo Testamento, com uma data de redação que paira entre os anos 80 e 90 do Primeiro Século - superando em décadas a cópia que até então era tida como a mais antiga, o Papiro Rylands, do Evangelho de João, datado do ano 125 d.C. Esse documento também antecede a outrora mais antiga cópia que tínhamos do Evangelho de Marcos em cerca de 150 anos. A consideração da idade do fragmento de Marcos resulta de uma combinação de datação por Carbono 14, estudo da caligrafia e do estilo da máscara e da análise dos demais escritos encontrados junto com o Evangelho.
Segundo afirmam muitos estudiosos, o Evangelho de Marcos foi escrito no final da década de 60 d.C. em Roma, onde João Marcos decidiu registrar aquilo que ouvira do Apóstolo Pedro - aproximadamente 30 anos depois dos fatos acerca de Jesus. Isso coloca o manuscrito recentemente encontrado perto cerca de 20 ou 30 anos do autógrafo. Considerando a velocidade do correio no Império Romano, é perfeitamente aceitável que material escrito em Roma na década de 60 d.C., já estivesse sendo usado há algum tempo no Egito dos anos 80 ou 90 d.C. De qualquer forma, temos uma evidência indiscutível de que o Evangelho de Marcos foi escrito antes dos anos 80 ou 90 d.C., uma vez que o manuscrito é uma cópia - e a cópia de um documento romano e repleto de influências judaicas, não podendo, portanto, ter o Egito como origem.
Segundo Evans, há boas razões para crer que os manuscritos originais e as suas cópias tenham circulado por mais de cem anos - nalguns casos, por cerca de 200 anos. Isso sugere que o fragmento que foi encontrado na máscara poderia ter sido uma cópia tirada diretamente do original - e que um escriba do segundo ou terceiro século pode ter utilizado o autógrafo para realizar seu trabalho de cópia.
As implicações desse achado são enormes: em primeiro lugar, prova definitivamente que o Evangelho, pelo menos em parte, foi redigido ainda no Primeiro Século; em segundo lugar, evidencia que os relatos que conhecemos sobre Jesus não são deturpações míticas, pois temos cópias vinte ou trinta anos mais novas que o original de Marcos, escrito, por sua vez, no máximo durante os anos 60 d.C., não havendo tempo suficiente para a severa corrupção dos eventos reais; em terceiro lugar, a análise do texto pode nos dar evidências sobre a qualidade das cópias posteriores, verificando que aquilo que temos hoje de Marcos em nossas bíblias concorda com os trechos desse antiquíssimo manuscrito. Esse material também defende como nenhum outro a historicidade de Cristo.
Segundo Evans, há boas razões para crer que os manuscritos originais e as suas cópias tenham circulado por mais de cem anos - nalguns casos, por cerca de 200 anos. Isso sugere que o fragmento que foi encontrado na máscara poderia ter sido uma cópia tirada diretamente do original - e que um escriba do segundo ou terceiro século pode ter utilizado o autógrafo para realizar seu trabalho de cópia.
As implicações desse achado são enormes: em primeiro lugar, prova definitivamente que o Evangelho, pelo menos em parte, foi redigido ainda no Primeiro Século; em segundo lugar, evidencia que os relatos que conhecemos sobre Jesus não são deturpações míticas, pois temos cópias vinte ou trinta anos mais novas que o original de Marcos, escrito, por sua vez, no máximo durante os anos 60 d.C., não havendo tempo suficiente para a severa corrupção dos eventos reais; em terceiro lugar, a análise do texto pode nos dar evidências sobre a qualidade das cópias posteriores, verificando que aquilo que temos hoje de Marcos em nossas bíblias concorda com os trechos desse antiquíssimo manuscrito. Esse material também defende como nenhum outro a historicidade de Cristo.
Ainda nesse ano os resultados das pesquisas - que estão sendo realizadas já há alguns anos - serão publicados - a primeira notícia sobre o documento saiu em 2012. Assim que mais informações forem divulgadas, esse artigo será atualizado.
Fontes: "Cientistas encontram cópia mais antiga do Evangelho em uma múmia egípcia", Revistagalileu.globo.com, Ciência, 21/01/2015; "Pesquisadores encontram o evangelho mais antigo em máscara mortuária", Portaln10.com.br, 19/01/2015; "Cópia mais antiga do Evangelho é encontrada em múmia", Criacionismo.com.br, Michelson Borges, 21/01/2015; "Antigo texto bíblico descoberto em uma máscara de múmia egípcia", Logosapologetica.com, Emerson Oliveira, 21/01/2015; "Mummy Mask May Reveal Oldest Known Gospel", Livescience.com, Owen Jarus, 18/01/2015.
Natanael Pedro Castoldi
Leia também:
- Os Mais Antigos Testemunhos do Novo Testamento
- Evidências de Jesus no Primeiro Século?
- As Fontes Documentais do Novo Testamento
Fontes: "Cientistas encontram cópia mais antiga do Evangelho em uma múmia egípcia", Revistagalileu.globo.com, Ciência, 21/01/2015; "Pesquisadores encontram o evangelho mais antigo em máscara mortuária", Portaln10.com.br, 19/01/2015; "Cópia mais antiga do Evangelho é encontrada em múmia", Criacionismo.com.br, Michelson Borges, 21/01/2015; "Antigo texto bíblico descoberto em uma máscara de múmia egípcia", Logosapologetica.com, Emerson Oliveira, 21/01/2015; "Mummy Mask May Reveal Oldest Known Gospel", Livescience.com, Owen Jarus, 18/01/2015.
Natanael Pedro Castoldi
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