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Origens: A Linguagem Humana

Já vimos como a moralidade humana ("Origens: A Moralidade Humana"), a religião ("Origens: A Religião") e o sentimento de culpa ("Origens: O Sentimento de Culpa") dependeram da existência de Deus, e também vimos que provavelmente o ser humano iniciou sua jornada na Terra nalgum lugar da Ásia ("Origens: O Berço da Humanidade") e que, ao que parece, existiu uma humanidade pré-diluviana ("Origens: Uma Humanidade Pré-Diluviana?"). Tais estudos parecem suficientes para promover um debate de qualidade sobre a origem do homem segundo o Gênesis, mas ainda há outros tópicos acessíveis para o enriquecimento desse tema, como o desejo universal pela eternidade e a origem comum das línguas. É sobre a segunda questão que dedicaremos nosso estudo.

1ª Fonte: Solascriptura-tt.org, "Cientistas Confirmam a Bíblia – Mas Não a Aceitam!", Pr. David Cloud, (Wayoflife.org), Janeiro de 1996 (atualizado em 21 de Abril de 2004). Traduzido por Valéria Lamim Fernandes em Junho de 2004:

A citação que segue foi retirada do "The Story of English", de Robert McCrum e Robert MacNeil:

“Há dois séculos um juiz inglês na Índia observou que várias palavras em sânscrito eram muito parecidas com algumas palavras em grego e latim. Por exemplo, o termo sânscrito para ‘Pai’, pitar, era muito parecido com o termo ‘pater’ em latim. Um estudo sistemático revelou que muitas línguas modernas descenderam de uma mesma língua-mãe, e que desapareceram porque nada foi escrito. Identificando termos similares, linguistas sugeriram o que chamamos de uma língua-mãe indo-européia, falada até 3.500 a 2.000 a.C.”

2ª Fonte: Dicionário de Raízes Primitivas, Edução Resumida, Luiz Caldas Tibiriçá, SCB, 1999, pgs 6-7, 15-16 e 24:

Comecemos com o fato de que os antigos egípcios denominavam o sapo com um termo idêntico ao da língua tupi. Cururu ou cururuk, que significam "resmungar", são onomatopeias utilizadas tanto pelos tupis quanto pelos egípcios - e elas se repetem em outros muitos povos, antigos e distantes: "krus", em sânscrito -"grito" ou "lamento"-; "kröte", alemão; "cruj-ir", português - lamentar da coruja; e "krüg", índios timbira - "colérico", "resmungão".

Tibiriçá, com base nas evidências, sugere que o tupi, língua da América, tenha, há cinco mil anos, vindo da Ásia Central ou do Oriente Próximo, onde relacionou-se indiretamente com o antigo egípcio, com o japonês, com o sumeriano, com dialetos indo-europeus e diversas línguas africanas.

Mesmo que existam grandes dessemelhanças entre os diferentes dialetos pertencentes a famílias, o número de termos cognatos comuns é maior - no que se refere aos pronomes, os cognatos aumentam extraordinariamente, indicando uma origem mais recente, sob a influência de grandes civilizações, como o Egito, a Suméria, a China e outros povos e grupos étnicos, como os elamitas, os semitas... Quanto mais regredimos no tempo, recuando para as línguas mortas, há uma relação muito mais de cognatos entre elas.

Para Tibiriçá, com base em seu conhecimento de linguística, há uns 15 mil anos, provavelmente quase todos os povos concentravam-se no Oriente Próximo e no Norte da África, daí dispersando-se para outros continentes, carregando consigo uma linguagem bem elaborada.

Segue uma breve lista com exemplos de palavras comuns:

A - Baal - superioridade, estrutura:

Eurásia:
Fenício: baal - senhos, deus.
Assírio: baal - Júpiter, o protetor.
Hebraico: baal - dominar.
Árabe: bar'y - deus.
Hitita: baal - senhor, mestre.
Celta: bal - elevado, chefe. Bel'y - poder.
Turco: bar'i - deus. Bal'a - alto, eminente.
Urdu: bar'a - grande, elevado.
Finlandês: pääll'e - sobre, em cima. Pää - cabeça.
Tibetano: bla - superior, eminente.
Tâmil: val - forte, possante.
Chinês: baa - oito.

África:
Etíope-amárico: bal - senhor.
Sudanês-jur: bäär - alto, elevado.
Ioruba: bar'a - o deus do mal.

América do Sul:
Quêchua: pall'a - dama da nobreza (provável relacionamento com o latim, através do frígio: "pall'a", que era a mantilha usada pelas mulheres nobres).
Bororo: bar'u - céu. Bar'i - sacerdote, curandeiro.

América do Norte:
Antigo maia: baal - senhor, eminente (conexo com semítico).
Tzutuhil-cakchiquel: paal - está em pé, levantado. Paa - sobre, em cima.

Acepção: ideia de proteção, cobertura.
Sumeriano: bar, par - cobrir, proteger. Bar, par - cobertura, habitação.
Grego: pall'ium - vestimenta.
Latim: pall'a - mantilha usada por mulheres nobres.
Sânscrito: var'a - cobrir, envolver.
Tibetano: ber - capa, manta. Bla - sobre, em cima. Ba - casa, recinto.
Húngaro: per - casa.
Gaulês: pall'en - cobertura.
Dravídico: por - vestir.
Antigo egípcio: per - casa. Ba - ramo de palmeira, cobertura.
Ki-suahili: paa - teto, cobertura.
Sudanês-jur: par - casa, habitação. Pa - pele de animal para vestir.
Ioruba: bo - cobrir. Wo - vestir.
Melanésico: pal - casa.
Bisaio-hiligano: bal'ay - casa.
Masakará: pa - casa.
Mashakali: bear - casa.
Tchapakura: par'i - pele, couro para cobertura.
Caribe: par'a - casa.
Sul-aruaque: pai - casa.

B - Dyew, Dyen - deus do dia luminoso:

Eurásia:
Sumeriano: dib - santuário. Tib - deuses.
Sânscrito: dev'as - deus. Din'a - dia. Diaúh - dia luminoso.
Védico: dyaush - deus.
Latim: deus - deus. Div'us - divino.
Grego: dios - deus. Zeus - deus.
Anglo-saxão: tiw - deus da guerra.
Celta: due - deus.
Gaélico: dia - deus.
Etrusco: tiv - lua. Tin - luz, claridade.
Antigo armênio: div - dia, luz.
Tâmil: dev - deusa.
Chinês: tien - dia. Tien - deus. Tien - céu.
Japonês: ten - céu. Ten - deus.
Munda-santáli: din - dia. Div'he - luz.
Urdu: deot - deus.

África:
Hotentote: tiep - dia.
Sudanês-shilluk: thyen'o - noite, por céu.

América do Norte:
Khekchi: tioch - ídolo (conexo com védico).
Maia-quichê: teoh - deus.
Nahuatl: teo - divindade.
Koahuiltek: tep - luz, fogo, lareira. 
Taína: di - dia.

Relacionamentos possíveis:
Grego: Zeus, Pater.
Védico: Dyaush Pitar.
Antigo latim: Dyù Pitar ou Dyù Pater.
Latim: Júpiter (com deslocamento do acento tônico).
Maia: yopat - mitra usada pelos sacerdotes.

Não é necessário colocar aqui outras palavras, considerando o interesse do artigo. Basta que o leitor entenda que minha fonte é um dicionário e que, portanto, diversas outras palavras indicadoras de uma origem comum das línguas estão nele disponíveis. Uma sugestão de leitura, para ampliar os conhecimentos sobre a questão, são os dois volumes, Tomo I e Tomo II, do "A Origem Comum das Línguas e das Religiões", de Guilherme Stein Jr., publicados em 1998 e 2014 pela SCB.

Conclusão:
Quando consideramos que as línguas vieram de um tronco primitivo e que grande variedade do que temos hoje é resultado de uma diversificação de uma porção não tão numerosa de milênios, podemos constatar que a humanidade partiu de um único lugar dentro das últimas dezenas de milhares de anos - e já com uma língua bem trabalhada. Isso tudo traz alguma luz sobre assuntos como o Dilúvio e a Torre de Babel.

Natanael Pedro Castoldi

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